As justiças climática, racial e de gênero são interligadas e interdependentes. Embora o clima afete todo o planeta, ele afeta desproporcionalmente as pessoas que estão social, econômica e politicamente mais atrás. Exacerba as desigualdades e exclusões existentes resultantes de histórias cruzadas de racismo, opressão e discriminação. O resultado é uma capacidade reduzida de ter saúde, bem-estar e direitos garantidos e de responder aos choques e impactos da crise climática.
Este documento amplifica as vozes de ativistas afrodescendentes, profissionais e defensores do clima, saúde reprodutiva, direitos e justiça. Ele demonstra como as mulheres afrodescendentes estão liderando e inspirando ações em suas comunidades e destaca a difusão da discriminação e como ela se manifesta para impactar mulheres e meninas afrodescendentes.
O documento também examina como os mais pobres e vulneráveis da sociedade, apesar de terem contribuído muito pouco para a crise climática global, muitas vezes são deixados para lidar com seus piores efeitos. Por fim, destaca os pontos de ação apresentados por organizações e profissionais da sociedade civil, que recomendam reconhecer o papel do racismo, investir em pesquisas sobre como as mudanças climáticas afetam as comunidades afrodescendentes e ampliar as vozes e conhecimentos dos afrodescendentes no caminho para a justiça climática.