Organizações e coletivos da sociedade civil participaram da sala de situação intitulada Consolidando a implementação da Agenda da CIPD+25 com e entre juventudes e sociedade civil
Para que os direitos da juventude sejam efetivados e para que possam atingir seu pleno potencial, o Fundo de População da ONU trabalha para promover a liderança e a participação das e dos jovens. Neste contexto, o UNFPA Brasil reuniu, em Brasília, organizações e coletivos da sociedade civil para participar da Sala de Situação de Juventude e Sociedade Civil sobre Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD).
A atividade teve como objetivo principal o compartilhamento de experiências e a expansão da visão das juventudes sobre como avançar na implementação da agenda 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e no avanço dos compromissos da CIPD. Em novembro deste ano, ocorreu a Cúpula de Nairóbi, no Quênia, para relembrar o Programa de Ação do Cairo e renovar as promessas feitas ao mundo em 1994, durante a Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento. Ao longo de 2019, diversos encontros preparatórios rumo a Cúpula de Nairóbi foram realizados com a participação de jovens, inclusive do Brasil.
Durante a atividade, os e as jovens compartilharam suas experiências dos encontros preparatórios, como a Reunião Preparatória da América Latina e Caribe que aconteceu em setembro, em Puebla, no México. O Forúm e reunião de alto nível para o cumprimento do direitos das pessoas afrodescendentes na América Latina e Caribe em San José, na Costa Rica e a Conferência Internacional de Juventude no Cairo, Egito.
Rayanne França faz parte da Rede de Juventude Indígena (Rejuind) e participou do painel sobre Mudanças Climáticas e Adaptação na Cúpula de Nairóbi. Durante a atividade em Brasília, ela compartilhou sua realidade e comentou sobre a participação na Cúpula. “O governo brasileiro apresentou em Nairóbi 13 compromissos, e é importante pensarmos como podemos trabalhar nestes compromissos e ter uma aliança estratégica enquanto jovens, incluindo juventude indígena, para que a gente continue a insistir em pautas voltadas para a juventude”.
Os coletivos e organizações participantes foram: Fiocruz; Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas; Rede de Juventude Indígena; Coletivo de Transs pra Frente; Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal (CDCA); Rede Nacional de Adolescente e Jovens Vivendo com HIV; Juventude Marista; Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania; Observatório de Saúde da População Negra; Engajamundo; Movimento Estamos TodEs em Ação;
Assim como o compartilhamento de experiências, a atividade também teve o momento de construir estratégias para que as e os jovens representantes disseminem as informações discutidas as suas respectivas organizações e coletivos da sociedade civil.
Para o oficial de Programa para Juventude do Fundo de População da ONU, Caio Oliveira, é necessário investir na juventude desde agora. “Estima-se que atualmente a América Latina e o Caribe possui 165 milhões de jovens entre 10 e 24 anos, por isso, é necessário promover a interação multissetorial em torno da importância de investir na adolescência e juventude”, Oliveira complementa, “os esforços em torno dessas pessoas permitem que desenvolvam habilidades e conhecimentos e que tomem decisões conscientes sobre seus corpos, vidas, famílias, comunidades, países e nosso mundo.”
Observatório da Juventude
Para monitorar o estabelecimento das metas da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD) em relação à juventude, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) no Brasil e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), estudam o desenvolvimento de projetos envolvendo juventude e saúde. A ideia é, por meio do programa da fundação Agenda Jovem, criar um observatório da juventude com a presença de líderes do movimento jovem do país inteiro.
O observatório será composto por diferentes representações da sociedade civil, academia e Fiocruz e terá um papel fundamental no acompanhamento da execução da agenda da CIPD e dos compromissos brasileiros assumidos na Cúpula de Nairóbi.