O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) foi um dos convidados para participar do Seminário Nacional da Juventude, em alusão ao Dia Internacional da Juventude, na última terça-feira, 13. No encontro, o oficial de programa para Juventude e HIV, Caio Oliveira, reforçou as necessidades de investir nos quase 50 milhões de jovens brasileiros entre 15 e 29 anos e apresentou o projeto, firmado junto ao Governo do Distrito Federal (GDF), sobre educação profissionalizante, habilidades para a vida e empregabilidade dessa população no DF. O evento foi organizado pela Secretaria Nacional de Juventude, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
O objetivo principal do projeto é desenvolver cursos de capacitação de curta duração e acessíveis a jovens, especialmente aqueles que não estão no mercado de trabalho e não estão estudando. Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), atualmente no Brasil existem 11 milhões de jovens nessa situação. O principal diferencial do programa desenvolvido pelo UNFPA com o GDF, conforme Caio apresentou, é que ele conecta imediatamente os jovens capacitados com possíveis vagas de emprego. O primeiro ciclo de capacitações começará em setembro.
“O projeto prevê o vínculo imediato com o mercado de trabalho e também trabalha outras habilidades para a vida. Desenhar um projeto de vida para os jovens é importante para que eles tenham outras perspectivas e sonhos”, ressaltou.
Além disso, outra estratégia do UNFPA consiste em reconhecer as empresas que contratarem os jovens que participam do programa como parceiros na implementação, com a devida certificação de que se trata de uma empresa parceira na aceleração do alcance cumpridora dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 2030, uma vez que o investimento na juventude e em sua capacidade produtiva envolve várias das metas acordadas no pacto global, proposto pelas Nações Unidas.
50 milhões de razões para investir
Caio lembrou ainda da estratégia recém-lançada do UNFPA “165 Milhões de Razões”, que faz um chamado para que países da América Latina e Caribe invistam em jovens. Para isso, ele ressaltou, é preciso que sejam aproveitadas as janelas de bônus demográfico -- que é quando um país tem mais pessoas jovens com capacidade de produzir do que idosos e crianças.
“Para isso, a educação é um multiplicador de desenvolvimento. E, para promover uma educação mais relevante, equitativa e inclusiva, é preciso que os jovens participem do processo de elaboração das políticas públicas”, afirmou. “Temos 50 milhões de jovens no Brasil, o que faz urgente o investimento. Os jovens são o presente e é uma população que merece atenção”, concluiu.