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Enfermagem ginecológica no SUS é tema de encontro realizado no Rio

Enfermagem ginecológica no SUS é tema de encontro realizado no Rio

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Enfermagem ginecológica no SUS é tema de encontro realizado no Rio

calendar_today 10 April 2017

Terminou na última sexta-feira (7) o I Encontro Nacional de Enfermagem Ginecológica, com o tema “A enfermagem ginecológica na atenção integral à saúde da mulher no SUS”. O evento, realizado na Escola de Enfermagem Alfredo Pinto/UniRio, teve início na quarta-feira (5).

O encontro teve apoio do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren/RJ) e contou com conferências, mesas-redondas e oficinas.

Fernanda Lopes, representante auxiliar do Fundo de População da ONU (UNFPA), participou do encontro e destacou a importância de se garantir o direito das mulheres e contribuir para o acesso universal à saúde sexual e reprodutiva.

“Em todos os países, a atuação do UNFPA [nessas áreas] inclui apoio amplo e irrestrito ao exercício da obstetrícia, com atenção especial à enfermagem obstétrica e à partería profissional (obstetrizes)”, comentou Fernanda, ressaltando ações como o desenvolvimento de mecanismos reguladores para assegurar serviços de qualidade, o estabelecimento e fortalecimento de associações e o aumento de investimentos em obstetrícia.

A representante também apresentou dados sobre o tema: apesar do declínio nos números a partir da década de 1990, estima-se que, somente em 2013, 289 mil mulheres e 3 milhões de recém-nascidos tenham morrido durante a gravidez ou o parto. Mortes que poderiam ser evitadas com pré-natal adequado e atenção qualificada no parto e pós-parto. Além disso, apenas 42% das pessoas com habilidades obstétricas trabalham nos 73 países onde ocorrem 90% de todas as mortes maternas e neonatais.

Por este motivo, Fernanda frisou o trabalho decisivo de enfermeiras e enfermeiros obstetras: além de atuar na promoção da saúde das comunidades, estas e estes profissionais oferecem aconselhamento para o planejamento da vida reprodutiva e na coleta de dados que podem influenciar as políticas. 

Para que os avanços sejam ainda maiores, “é preciso mitigar o impacto da discriminação de gênero atribuída à profissão, reduzir a falta de atenção da classe política sobre questões concernentes às mulheres e aos seus direitos e, ainda, motivar uma gestão mais efetiva da força de trabalho”, afirmou Fernanda.

Grávida enfermeiro Solange Souza

Foto: Solange Souza/UNFPA Brasil

Por Jorge Salhani/UNFPA Brasil.