“O UNFPA apela a todas as partes para que cumpram o direito humanitário internacional ”, afirma Natalia Kanem.
“Cada passo parecia uma corrida contra a morte.” Isto foi o que uma mulher grávida disse ao UNFPA depois de ser forçada a evacuar a sua casa – apenas um entre muitos dos testemunhos desesperados que mulheres e meninas partilharam enquanto as bombas caíam e o cerco em Gaza continuava.
O UNFPA lamenta profundamente a perda de vidas em Israel e no Território Palestino Ocupado e está profundamente preocupado com a segurança e o bem-estar de todos os civis apanhados na crise, especialmente mulheres e meninas. Reiteramos o apelo do Secretário-Geral das Nações Unidas para rescindir a ordem de evacuação do norte de Gaza, o que está piorando ainda mais a terrível situação humanitária. Para os milhares de mulheres prestes a dar à luz, e para aquelas que estão doentes e gravemente feridas, ser forçadas a abandonar as suas casas, sem nenhum lugar seguro para ir e sem comida ou água, é extremamente perigoso.
Gaza é o lar de 50 mil mulheres grávidas que lutam para ter acesso a serviços de saúde essenciais, enquanto os hospitais estão à beira do colapso, sem electricidade e com poucos ou nenhum suprimento ou medicamentos. O UNFPA apoia mulheres grávidas e recém-nascidos, fornecendo medicamentos essenciais e disponibilizando parteiras. Isto só poderá continuar se a ajuda que salva vidas puder chegar até eles. Apelamos ao acesso humanitário imediato e desimpedido para que os alimentos, os medicamentos, a água e o combustível possam chegar a todas as pessoas que necessitam.
O UNFPA apela a todas as partes para que cumpram o direito humanitário internacional e para a libertação imediata de todos os reféns. Os ataques a civis e a infra-estruturas civis devem cessar e as instalações de saúde nunca devem ser um alvo.
Que a paz prevaleça para que todas as mulheres e meninas sejam poupadas da violência e do sofrimento.
Por Dra. Natalia Kanem, Diretora Executiva do UNFPA