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Quando falamos em direitos sexuais e reprodutivos, falamos em empoderamento e na capacidade de tomar decisões a respeito do próprio corpo. Estamos falando de direitos humanos, que devem ser assegurados a todas as pessoas. Falamos em autonomia corporal, especialmente para as mulheres, que historicamente tiveram seus direitos negados e foram impedidas de tomar decisões sobre seus corpos e vidas.

Desde a Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD), ocorrida no Cairo, em 1994, têm-se procurado firmar, para todas as pessoas, os direitos e a saúde sexual e reprodutiva, que incluem poder decidir, de forma livre e responsável, se querem ou não ter filhas/os e quantos desejam ter, e o acesso aos vários métodos contraceptivos disponíveis, com informações qualificadas para uma escolha consciente.

A dificuldade no acesso à contracepção eficaz para cada pessoa acaba aumentando o número de gestações não intencionais. No Brasil, estas representam 55%, a maior parte das gestações, enquanto a média mundial é de 40%1. A situação é desafiadora também para adolescentes. De acordo com dados do relatório Situação da População Mundial, publicado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), a gestação neste recorte geracional, no Brasil, está acima da média mundial: são 53 adolescentes grávidas a cada mil, enquanto no mundo são 41.

Entre os métodos contraceptivos distribuídos aos municípios pelo Ministério da Saúde, o dispositivo intrauterino com cobre (DIU T de Cobre 380 A) destaca-se por ser um método com alto potencial de eficácia, praticidade, segurança, de longa ação, reversível e não hormonal. Além disso, há a possibilidade de utilização no pós-parto e no pós-abortamento imediatos.