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UNFPA e mais nove organizações lançam campanha interagencial apelando por ações para reduzir a mortalidade materna na América Latina e Caribe

UNFPA e mais nove organizações lançam campanha interagencial apelando por ações para reduzir a mortalidade materna na América Latina e Caribe

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UNFPA e mais nove organizações lançam campanha interagencial apelando por ações para reduzir a mortalidade materna na América Latina e Caribe

calendar_today 08 March 2023

Campanha Zero Mortes Materna. Evitar o Evitável
Campanha Zero Mortes Materna. Evitar o Evitável

A cada hora, uma mulher perde a vida na região devido a complicações na gravidez, no parto ou no puerpério, a grande maioria delas evitáveis

WASHINGTON DC, 8 de março de 2023 — O Grupo de Trabalho Interagencial para a Redução da Mortalidade Materna (GTR) lançou hoje a Campanha Zero Mortes Maternas. Evitar o Evitável, para engajar os países da América Latina e do Caribe a tomar medidas para acelerar a redução da mortalidade materna, cujo índice aumentou 15% entre 2016 e 2020. Na ocasião, também é lançada a Declaração Conjunta sobre a Redução da Morbilidade e Mortalidade Materna e um documento com Nove Passos Para Reduzir a Mortalidade Materna.

Cerca de 8.400 mulheres morrem a cada ano na região devido a complicações durante a gravidez, parto e puerpério. Hipertensão na gravidez, hemorragia e complicações de aborto inseguro são as causas mais comuns. No entanto, nove em cada dez dessas mortes são evitáveis ​​com atendimento de qualidade, acesso à contracepção e redução das desigualdades no acesso aos cuidados.

"Muitas mulheres, especialmente indígenas, afrodescendentes, migrantes, de baixa renda e escolaridade, ainda morrem durante a gravidez e o parto", disse o Dr. Jarbas Barbosa, Diretor da OPAS, durante o evento de lançamento da campanha apresentada no Dia Internacional da Mulher. "É hora de investir urgentemente na saúde materna para mudar essa realidade inaceitável", afirmou na abertura do evento.

Zero Mortes Maternas. Evitar o Evitável busca acelerar o caminho para alcançar a ambiciosa meta regional de menos de 30 mortes maternas por 100.000 nascidos vivos, com a qual se comprometeram os países da região na Agenda de Saúde Sustentável para as Américas da OPAS. No ano passado, a taxa de mortalidade materna (ou seja, o número de mortes maternas por 100.000 nascidos vivos) na América Latina e no Caribe foi de 68 por 100.000 nascidos vivos.

A pandemia da COVID-19 causou um retrocesso de 20 anos nos indicadores de saúde materna na América Latina e no Caribe, onde a taxa de mortalidade materna aumentou 15% entre 2016 e 2020, após uma redução de 16,4% entre 1990 e 2015.

“A morbimortalidade materna não é apenas um problema de saúde, é um problema social e político que requer atenção radical e interseccional. A mortalidade materna como a conhecemos é um problema global e um indicador chave de seu bem-estar, além de ser uma das principais barreiras para alcançar a igualdade e equidade de gênero na saúde”, enfatizou Nayeline Medina, da Rede de Mulheres Afro Latino Americanas, Afro-Caribenhas e da Diáspora, uma das porta-vozes da campanha em nome da sociedade civil.

A Declaração Conjunta, assinada por todos os membros do GTR e pelos porta-vozes que acompanham a campanha, foi lida por Susana Sottoli, Diretora do Escritório Regional para América Latina e Caribe, do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). Neste documento, o grupo expressa que o GTR está empenhado “em promover e acompanhar as orientações estratégicas acordadas no Consenso Estratégico Interagencial para a Redução da Morbilidade e Mortalidade Materna 2020-2030 ao nível das políticas públicas, sistemas de saúde e informação e vigilância sistemas”.

Susana Sottoli, Diretora do Escritório Regional para América Latina e Caribe, do UNFPA, no evento do GTR. Foto: ©Reprodução/UNFPA

Após a assinatura da declaração, realizou-se o painel Tornando realidade o compromisso interagencial para reduzir a mortalidade materna: uma prioridade urgente para os países e a região, integrado pelos porta-vozes da campanha Frank Anthony, Ministro da Saúde da Guiana; José Manuel Matheu, Secretário de Saúde de Honduras, e Lida Sosa Arguello, Vice-Ministra de Reitoria e Vigilância Sanitária do Ministério de Saúde Pública do Paraguai. O painel foi moderado por Debora Bossemeyer, vice-presidente de Programas e Operações Globais da Jhpiego.

“Em Honduras, como na maioria de nossos países, temos uma longa tradição machista, mas agora estamos em uma nova fase na saúde em particular e nas pessoas em geral, uma verdadeira prioridade do governo que quer reduzir o fosso e a desigualdade e melhorar o atendimento às mulheres", disse Matheu no painel.

Por seu lado, Sosa Arguello manifestou que "é imperativo redobrar os esforços para garantir uma maternidade segura a todas as mulheres", enquanto Júlio Borba,

O Ministro da Saúde Pública e Previdência Social do Paraguai enfatizou a necessidade da participação ativa de todas as partes interessadas e a necessidade de fornecer aos países informações oportunas e confiáveis ​​e o uso de evidências para o desenvolvimento, monitoramento e avaliação e reorientação de políticas e programas para reduzir a morbimortalidade materna. Por fim, Anthony falou sobre a importância do acesso à assistência médica para mulheres que vivem em lugares remotos, contando a experiência da Guiana.

No encerramento, Bremen de Mucio, assessora regional de saúde materna da OPAS, manifestou a intenção do GTR de que a campanha seja ampliada nas redes de organizações e nos governos. “Estamos juntos neste compromisso de prevenir e advogar nesta região, a mais equitativa do mundo e com um dos maiores desafios na luta pela redução da mortalidade materna”.

A campanha Zero Mortes Maternas. Evitar o evitável será divulgado nas redes sociais e desenvolverá ações específicas nos países até maio. A campanha também inclui um apelo à ação de toda a sociedade para proteger as mulheres e os recém-nascidos.

O que é o GTR

O GTR é um mecanismo interagencial composto por agências técnicas das Nações Unidas, organizações de cooperação bilateral e multilateral, organizações não governamentais e redes profissionais na região. Desde sua criação em 1998, ele tem promovido a colaboração e sinergia entre diferentes atores regionais para implementar políticas e programas de redução da morbidade e mortalidade maternas na América Latina e Caribe (ALC), gerando compromissos políticos de alto nível para a implementação de práticas eficazes e eficientes de saúde materna; mobilizando fundos globais e nacionais para a implementação de programas sustentáveis de saúde materna; promovendo o monitoramento de estratégias conjuntas para a redução da morbidade e mortalidade materna na região;; aumentando a visibilidade do problema da morbidade e mortalidade materna através de ações de advocacia em plataformas globais, regionais e nacionais e a disseminação de conhecimentos, boas práticas e lições aprendidas da região no campo da saúde materna.

Os membros do GTR são a Organização Panamericana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional Os membros do GTR são a Organização Panamericana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Mundial (BM), Confederação Internacional de Parteiras (ICM), Federación Latinoamericana de Sociedades de Obstetricia y Ginecología (FLASOG), Fós Feminista, Management Sciences for Health (MSH) e MOMENTUM Country and Global Leadership (MCGL).

Clique aqui para assistir a íntegra do evento de lançamento

Acesse aqui a Declaração Conjunta sobre a Redução da Morbilidade e Mortalidade Materna

Acesse aqui os Nove passos para reduzir a mortalidade materna