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Atividades foram realizadas nas cidades de Boa Vista, Manaus e Pacaraima, locais de maior concentração da resposta humanitária à crise migratória de venezuelanos no Brasil

 

Em situações de emergência humanitária, as pessoas – especialmente meninas e mulheres – se encontram em maior vulnerabilidade com relação à preservação de seus direitos. Entre eles, o de terem sua segurança e integridade asseguradas contra abuso, exploração e assédio sexual. Com isso, prevenir e responder a tais casos no contexto humanitário é uma das áreas centrais de atuação do UNFPA.



Por essa razão, o UNFPA realizou, no mês de julho, um total de 10 sessões do treinamento de proteção contra o abuso, exploração e assédio sexual (PSEAH, na sigla em inglês) nas cidades de Boa Vista, Manaus e Pacaraima, locais de maior concentração da resposta humanitária à crise migratória de venezuelanos no Brasil. O público-alvo foi composto por militares do 14º contingente, que apoiarão na coordenação e logística da Operação Acolhida, e por trabalhadores e trabalhadoras civis que atuam em organizações envolvidas na resposta humanitária, como a Cáritas Brasileira. As oficinas acontecem desde 2018 em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e com a Coordenação Operacional da Força Tarefa Logística Humanitária (Operação Acolhida).

O que é o PSEAH?

O PSEAH é uma oficina de formação que tem como objetivo informar e conscientizar as equipes de trabalho envolvidas na Operação Acolhida sobre como prevenir e agir em casos de abuso, exploração e assédio sexual cometidos por atores humanitários. Durante o treinamento, também é apresentada a política de tolerância zero das Nações Unidas contra casos desta natureza, executada por todo o seu pessoal e organizações parceiras, dentro e fora do ambiente de trabalho. “É importante que quem trabalha na resposta humanitária entenda o seu papel no combate a casos de exploração, abuso e assédio sexual. Isso inclui reportar qualquer desconfiança, por menor que seja”, explica Jaqueline Oliveira, assistente de proteção do UNFPA.

As sessões ocorrem com metodologias ativas, discussões de casos fictícios e vídeos. Além disso, aborda-se a incidência dos problemas, mecanismo de denúncia e as consequências para vítimas e abusadores. Os encontros foram realizados nos dias 04, 05, 06, 07, 11 e 20 em Boa Vista, nos dias 07, 14 e 19 em Pacaraima e, por fim, no dia 22, em Manaus. Ao todo, foram alcançadas 412 pessoas: 61 mulheres e 351 homens.


O UNFPA capacitou 421 profissionais durante o mês de julho. Foto: © UNFPA Brasil