O material está disponível em português e também na versão bilíngue em espanhol e Warao
Zerar os casos de exploração e abuso sexual. Esse é o objetivo do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) com o lançamento de três novos materiais — duas cartilhas e um curso online — baseados em conteúdos de PSEAH, sigla em inglês para Proteção contra Exploração e Abuso Sexual e Assédio. O PSEAH é um código de conduta e uma formação desenvolvidos pelo Secretariado-Geral das Nações Unidas, que visam informar e conscientizar equipes de trabalho da ONU e todos os parceiros que atuam junto às agências sobre como prevenir e agir em casos de exploração e abuso sexual.
As cartilhas estão disponíveis para acesso e download em português e também em uma versão bilíngue e culturalmente adaptada para o espanhol/Warao. Os Warao representam a segunda etnia mais numerosa entre os povos indígenas da Venezuela, e o grupo predominante entre as pessoas indígenas venezuelanas que migram para o Brasil. As cartilhas tiveram os textos adaptados da versão em português do curso online de PSEAH disponível na plataforma Agora, lançado e traduzido por iniciativa do UNFPA no Brasil, com o apoio do Agora Global Learning Centre do UNICEF, da equipe de PSEAH do escritório da Diretora Executiva do UNFPA e do Escritório Regional para a América Latina e Caribe do UNFPA. O curso é aberto para todas as pessoas que atuam direta ou indiretamente com as Nações Unidas no Brasil e em outros países de língua portuguesa, e gera um certificado ao final.
“A publicação deste material visa ampliar o acesso a conteúdo de qualidade para a prevenção da exploração e abuso sexual para todas as pessoas que atuam na ONU ou prestam serviços ao Sistema ONU. Essas práticas são intoleráveis e violam gravemente os direitos humanos e os valores fundamentais das Nações Unidas”, explica Florbela Fernandes, representante do UNFPA no Brasil.
O UNFPA tem como compromisso promover de forma permanente um ambiente seguro, confiável, respeitoso e inclusivo, onde os direitos e a dignidade das equipes, pessoas e comunidades com quem atua sejam reconhecidos, promovidos e protegidos contra qualquer forma de violência, especialmente sexual. Por isso, a ONU e o UNFPA adotam uma política de tolerância zero com relação a essas violações e esperam que todos os parceiros (empresas do setor privado, órgãos públicos, organizações da sociedade civil, etc) com quem existe qualquer relação de trabalho atuem na mesma medida para zerar os casos de exploração e abuso sexual.