Você está aqui

A construção de um ambiente de respeito e promoção dos direitos humanos é fundamental em todos os espaços de socialização. Seja no trabalho, em casa, na escola ou em atividades esportivas. Por isso, em 6 de abril, Dia Internacional do Esporte para o Desenvolvimento e a Paz, o UNFPA, Fundo de População das Nações Unidas, aproveita a data para destacar a importância do esporte para a ampliação de atitudes e comportamentos em prol da igualdade de gênero, promoção da inclusão e superação de todas as formas de discriminação.

Globalmente, o UNFPA atua em mais de 150 países apoiando os governos em diversas áreas, como juventude, saúde e educação, na provisão de informações e serviços que contribuam para o desenvolvimento de habilidades para a vida e aumento às possibilidades de todos e todas a levarem uma vida mais saudável e digna.

As habilidades para a vida aprendidas por intermédio do esporte ajudam a empoderar os indivíduos e aumentam o bem-estar psicossocial, a autoestima e as capacidades, em todas as idades, transformando a maneira de se relacionar com o mundo. O UNFPA acredita no esporte como uma janela de oportunidades para a transformação da vida, em especial a vida de jovens. Ações educativas aliadas às práticas esportivas são essenciais para que as e os jovens desenhem seus projetos de vida e tomem decisões seguras, autônomas e sustentáveis que poderão determinar o seu futuro, de suas famílias, comunidades, países.

O Relatório sobre a Situação da População Mundial (SWOP), lançado em 2014, aponta que nove em cada dez jovens que vivem atualmente em países em desenvolvimento enfrentam maiores obstáculos para o alcance de seu pleno potencial e uma inserção mais produtiva na força de trabalho. As práticas esportivas são opções inteligentes para o desenvolvimento integral e igualitário, com ampliação do repertório de direitos e ainda pode ser um veículo crucial para a promoção da paz. Se levarmos em conta a população jovem no mundo são 1,8 bilhão de oportunidades de transformação (população global na faixa etária de 10 aos 24 anos).

No Brasil, o direito ao esporte ao lazer, à prática desportiva e ao acesso a equipamentos comunitários, socializadores e inclusivos, considerando os mais diversos aspectos educacionais, socais e culturais, é lei. De acordo com o Estatuto da Juventude, estes direitos encontram-se no bojo dos direitos fundamentais da população jovem. 
O desenvolvimento integral das e dos jovens também passa pela oportunidade de tomar decisões livres e esclarecidas sobre sua vida reprodutiva. O ambiente esportivo deve ser também reconhecido como um espaço onde se possa desenvolver atividades de educação em sexualidade integral, que inclua o planejamento da vida reprodutiva, a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e a aids, estimulando a pratica de sexo seguro, o respeito às diferenças, a prevenção e o enfrentamento a diferentes formas e situações de violência, exploração sexual, e a todas as formas de discriminação.

No Brasil o UNFPA tem atuado em parceria com a Fundação Gol de Letra, no estado de São Paulo, contribuindo para o fortalecimento das ações de igualdade de gênero, educação em sexualidade e promoção do direito à saúde sexual e reprodutiva, voltadas para adolescentes e jovens. Também foi ativo colaborador da Campanha Proteja o Gol, que teve como objetivo usar a popularidade do futebol para ampliar o acesso às informações sobre o uso do preservativo para a prevenção do HIV e gravidez não planejada. Na Campanha o UNFPA foi responsável pelas atividades formativas das e dos jovens voluntários/as.

Em Salvador, o Fundo de População da ONU realizou um mapeamento sobre os legados sociais dos megaeventos esportivos. O documento inclui informações sobre ações educativas realizadas por cerca de 30 instituições e serve como ferramenta para subsidiar estratégias locais, apoiar a identificação de janelas de oportunidades e contribuir para o fortalecimento de parcerias pré-existentes e/ou estabelecimento de novas, mas principalmente, para incentivar nesses grandes acontecimentos, a construção de ambientes de respeito e garantia de direitos fundamentais de todas as pessoas.