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No último sábado, 24, aconteceu um encontro amistoso entre o time de futebol feminino “Meninas Guerreiras Brasil-Venezuela”, formado por adolescentes e jovens venezuelanas, com jogadoras brasileiras profissionais que fazem parte do time de futebol feminino Atlético Roraima. O encontro foi realizado no campo esportivo que faz parte do abrigo Rondon 3, em Roraima, e foi organizado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), com apoio da Operação Acolhida em Boa Vista e o Atlético Roraima. 

 

Com o objetivo de promover a resiliência comunitária e a inserção das jovens e adolescentes na comunidade de Boa Vista, a parceria com o Atlético Roraima foi feita com coordenação do treinador da equipe Benazi Hats, que apoiou o encontro. “Todo evento que envolve futebol feminino é bem vindo, estamos aqui para colaborar e dizer para as nossas amigas venezuelanas que, sempre que elas precisarem, nós estaremos aqui para jogar e compartilhar esses momentos bons do futebol”, disse.

 

O Fundo de População da ONU vem realizando ações de fortalecimento para apoiar o time de jogadoras. Desta vez, o encontro comemorou a entrega dos uniformes que elas próprias conceberam, na cor roxa, trazendo a frase “Vivamos un mundo sin discriminación”. A oficina para concepção do uniforme foi proposta em um espaço onde elas puderam se aproximar e construir juntas a identidade do seu time. No mesmo dia, foram discutidos temas como violência baseada em gênero, saúde sexual e reprodutiva e direitos humanos. 

 

“Estou muito feliz, nós esperamos muito tempo para termos o uniforme. Fizemos como nós queríamos e escrevemos uma frase que é importante para nós. Ficou muito bonito, agora todas podemos praticar e jogar uniformizadas”, disse Victoria Malave, jogadora de 11 anos do time Meninas Guerreiras. 

 

“Eu jogo futebol desde que sou uma criança, continuar jogando é meu sonho e este encontro é maravilhoso para nós porque mostra a nossa possibilidade de continuar”, completou Katiuska Rodriguez, de 15 anos. 


"Esse encontro mostra nossa oportunidade de continuar", diz jogadora Katiuska Rodriguez

 

 

Nesse segundo encontro promovido pelo Fundo de População, as jogadoras do time roraimense compartilharam suas experiências e suas expectativas como jogadoras. “Só o fato de ser mulher já é um desafio muito grande e o futebol feminino enfrenta muito preconceito, porque culturalmente o futebol é para homens, então nós estamos aqui para quebrar esse preconceito e paradigmas, para dizer que também podemos jogar futebol, também temos direito a nós divertir através do futebol”, comentou Julianny Amancio, da comissão técnica do Clube Atlético Roraima Feminino.

 

O time das Meninas Guerreiras forma parte de um projeto de esporte apoiado pelo Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), Visão Mundial, Operação Acolhida e o Fundo de População da Nações Unidas na resposta humanitária em Roraima. O treinador Luis Madrid ministra as aulas de futebol para diferentes categorias de crianças, adolescentes e jovens. “O projeto começou com a ideia de criar uma escolinha de futebol, achamos o apoio do Madrid e outros parceiros e hoje temos avançado muito. Tive o prazer de participar desse momento importante da entrega dos uniformes e temos hoje o privilégio de assistir esse jogo amistoso com o time feminino de Roraima. Desejo vida longa a esse projeto”, afirmou o Chefe do Estado Maior Conjunto da Operação Acolhida, Georges Kanaan.

 


Encontro foi articulado pelo UNFPA (Yareidy Perdomo/UNFPA Brasil)