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O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) vai apoiar a atuação das juventudes indígenas no país a partir de um projeto voltado para o fortalecimento institucional da Rede de Juventude Indígena (REJUIND), em parceria com o Instituto Autonomia. O projeto recebeu uma doação do UNFPA por meio de um acordo assinado nesta segunda-feira (5) e pretende fortalecer as capacidades da Rede para articulação, comunicação e incidência de seus e suas integrantes.

O foco é dar continuidade à construção de espaços de diálogo e ampliar a participação de mais jovens indígenas para compor uma rede nacional. Com isso, será possível gerar propostas consensuais que reflitam as necessidades e desafios das diversas realidades, permitindo o pleno exercício dos direitos individuais e coletivos.

A REJUIND foi constituída em 2009 como resultado do I Seminário Nacional de Juventude Indígena, realizado em Brasília. Utilizando as novas tecnologias de informação e de comunicação, a organização tem por objetivo ser uma ferramenta para apoiar e fortalecer as juventudes indígenas e priorizando as oportunidades de empoderamento político. Dessa maneira, o apoio do UNFPA vai auxiliar nas mobilizações, articulações, e processos formativos de membros e colaboradores da rede.

Segundo Rayanne França, membro da organização, fortalecer as atuações das juventudes indígenas nos espaços de tomada de decisões é fundamental para manter vivas a memória e a história cultural dos povos, que têm migrado das aldeias e comunidades para os grandes centros urbanos em busca de acesso à educação e melhores condições de vida e emprego.

“A nossa participação nas esferas políticas dá visibilidade para todo o movimento indígena que necessita da juventude para se manter ativa. Agora, que a gente está adentrando os campos internacionais, pretendemos ter maior contato com a América Latina e o Caribe”, relata Rayanne.

O representante do UNFPA no Brasil, Jaime Nadal, relata que o apoio firmado é o primeiro passo de muitos outros que podem ser estabelecidos para a garantia de direitos das juventudes em situação de vulnerabilidade. “Precisamos fortalecer a articulação dos processos organizacionais dos jovens indígenas no Brasil e analisar coletivamente as realizações, estratégias, desafios e avanços das novas gerações com vistas a apoiar os esforços e tornar efetivos seus direitos humanos, constitucionalmente e internacionalmente reconhecidos”.