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Organizações da sociedade civil debatem prioridades temáticas da Sala de Situação sobre Violência Baseada em Gênero para 2021

Organizações da sociedade civil debatem prioridades temáticas da  Sala de Situação sobre Violência Baseada em Gênero para 2021

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Organizações da sociedade civil debatem prioridades temáticas da Sala de Situação sobre Violência Baseada em Gênero para 2021

calendar_today 16 June 2021

Segundo encontro da Sala de Situação Violência Baseada em Gênero de 2021 reuniu cerca de 50 pessoas. (Reprodução/Zoom)

 

Promovido pelo UNFPA, segundo encontro do ano traçou também o perfil das 50 organizações das regiões Norte e Nordeste que estão participando da Sala de Situação

Por Giselle Cintra

 

A Sala de Situação em resposta à Violência Baseada em Gênero Norte/Nordeste, uma iniciativa lançada pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), promoveu a segunda reunião estratégica de 2021 nesta quinta-feira (10). Na ocasião, foram apresentadas as prioridades de cada região para o enfrentamento à violência baseada em gênero, o perfil das organizações que compõem a iniciativa e também foi apresentado o diagnóstico dos serviços virtuais disponibilizados para o combate à violência contra as mulheres na região Norte durante a pandemia.

Durante a segunda reunião da Sala de Situação, as organizações foram divididas em grupos para discutir sobre os principais problemas das regiões na resposta à violência baseada em gênero e quais ações poderiam ser desenvolvidas para enfrentá-los. Cada grupo apresentou o resultado dos trabalhos, em que pode-se observar que, apesar das diferenças locorregionais e iniquidades, muitos dos problemas são semelhantes, como feminicídio e transfeminicídio; violência sexual contra meninas, mulheres e pessoas trans; falta de dados e necessidade de descentralização e interiorização da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres.

Terlúcia Silva, consultora do UNFPA, apresentou o perfil das 50 organizações participantes da região Norte e Nordeste (Reprodução/Zoom)

De acordo com o perfil das organizações  apresentado por Terlúcia Silva, consultora do UNFPA, a Sala de Situação este ano é composta por organizações que trabalham com as seguintes pautas: mulheres negras; comunidades quilombolas; LGBTQI+; feminismo; indígenas, profissionais do sexo; movimentos populacionais; juventude; mulheres rurais e pescadores e mulheres com deficiência.

“A ideia é que a gente tenha essa diversidade. Dessa forma, desenhamos uma metodologia para reconhecer os contextos e captar quais são as prioridades de cada uma das regiões e o que as organizações podem apresentar relacionado ao enfrentamento à violência baseada em gênero”, explica Terlúcia Silva.

Um dos pontos apresentados durante o encontro também foi o diagnóstico dos serviços virtuais disponibilizados para o combate à violência contra as mulheres na região Norte durante a pandemia. De acordo com diagnóstico feito a partir da Plataforma Mulher Segura, Mel Bleil Gallo, consultora do UNFPA, aponta que o Norte do Brasil é a região que apresenta menor quantidade de serviços por estado. “Atualmente no banco de dados, temos um total de 1300 itens. Quando observamos a distribuição por estado, a região Norte é a que menos tem serviços, sendo Rondônia, o estado com a menor quantidade de serviços (12), em seguida Roraima (13), Amapá (14), Acre (19), Tocantins (26), Amazonas (31) e Pará (38)”.

A consultora do UNFPA, Mel Bleil Gallo, aponta o recorte de serviços por região que a Plataforma Mulher Segura disponibiliza (Reprodução/Zoom)

 

Sobre a Sala de Situação Violência Baseada em Gênero

Criada em maio de 2020, a Sala de Situação possui o intuito de criar uma rede de mobilização virtual que reúne organizações da sociedade civil que trabalham com mulheres e também no combate e prevenção à violência de gênero. Originalmente, o espaço foi pensado para organizações da região Nordeste. Neste ano, contudo, cresceu e agora conta também com organizações do Norte do país. Ao todo, são cerca de 50 organizações participantes em 2021.

A iniciativa baseia-se no Plano de Ação da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento e também nas metas do Fundo de População das Nações Unidas para alcançar três zeros até 2030: zero necessidades insatisfeitas de contracepção, zero mortes maternas evitáveis e zero violências ou práticas nocivas contra mulheres e meninas.