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Em parceria com o Ministério da Saúde, por meio da Secretária de Vigilância em Saúde, o Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST's, do HIV/AIDS e das Hepatites Virais, o Fundo de População da Nações Unidas (UNFPA) realizou em Boa Vista, Roraima, a oficina de prevenção combinada com foco na oferta de testagem rápida por amostra de fluido oral no âmbito do projeto Bora Saber. 

 

A formação pretende acelerar e fortalecer a resposta ao HIV/Aids, Sífilis e Hepatites virais, prioritariamente entre pessoas migrantes venezuelanas no município, com base nas recomendações da Agenda Estratégica do Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde do Brasil.

 

“Nosso papel aqui é capacitar as pessoas que atuam diretamente na resposta e atendimento ao fluxo migratório sobre o estigma e discriminação, prevenção combinada, educação e sexualidade. Nesse sentido, o projeto Bora Saber vai permitir a ampliação do acesso e o cuidado dessas populações por meio de ações de prevenção combinada, por meio da testagem rápida por amostra de fluido oral, da entrega de preservativos femininos e masculinos, e informações de qualidade sobre o acesso a tratamentos e demais serviços de saúde”, afirmou Diego Callisto, analista técnico do departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde. 

 

O projeto também tem um foco mais específico na realização de ações de testagem rápida do HIV (fluido oral) em Boa Vista voltadas para pessoas migrantes e refugiadas venezuelanas, prioritariamente entre populações LGBT, realizadas de forma regular no Espaço Amigável do UNFPA no Posto de Triagem (PTRIG) da Operação Acolhida, e de forma itinerante nos abrigos para a ampliação do diagnóstico oportuno.

 

“O Bora Saber busca trazer informação qualificada, testagem, vínculo e retenção ao tratamento numa abordagem de direitos humanos entre pares. Existe uma alta prevalência de HIV entre a comunidade LGBTI, que sofrem estigma e preconceito, o que dificulta o acesso a serviço de saúde, informações e insumos preventivos, ficando vulneráveis a essa e outras infecções sexualmente transmissíveis. Com essa demanda, o projeto em Roraima é voltado para a população migrante que frequenta os postos de triagem. Ali, nós vamos ofertar esse pacote de informações qualificadas para essas pessoas ter acesso a serviços de saúde”, comenta Caio Oliveira, oficial de programa para Juventude e HIV do Fundo de População das Nações Unidas. 

 

Sobre o projeto

O #BoraSaber prevê a participação de adolescentes e jovens na mobilização pela oferta de testagem, informação qualificada sobre prevenção do HIV e infecções sexualmente transmissíveis. Além disso, casos identificados positivos são vinculados aos serviços de saúde para início imediato do tratamento. Em Roraima, o projeto é implementado no contexto da resposta humanitária, disponibilizando a testagem rápida de HIV por meio do fluido oral para a população migrante e refugiada, e capacitando os profissionais de saúde que trabalham na resposta na realização destes testes.