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*Com informações do Conasems

 

Nesta terça-feira, 3, o Conasems em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e com a Johnson & Johnson lançaram durante uma live o Guia para Saúde Sexual e Reprodutiva e Atenção Obstétrica desenvolvido, dentre outras ações, no âmbito do Projeto Enlace.

Para ler o Guia na íntegra, clique aqui.

O Guia traz um conteúdo técnico com metodologias ativas, em linguagem acessível e visual atraente, para apoiar o trabalho de profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) nos atendimentos e atividades educativas de planejamento reprodutivo e pré-natal. O material é dividido em três capítulos temáticos:

1) Direitos e saúde sexual e reprodutiva;

2) Promoção da saúde sexual e reprodutiva na Atenção Primária à Saúde (APS);

3) Gestação e empoderamento feminino.

A live contou com a participação da representante do UNFPA no Brasil, Astrid Bant; com a líder na América Latina para Impacto Comunitário na Johnson & Johnson, Regiane Soccol; com a coordenadora do Projeto Enlace no UNFPA, Angela Roman; da vice-presidente do Conasems, Cristiane Pantaleão e da enfermeira da APS no município de Piratini – RS, Luciane Gomes.

Cristiane Pantaleão ressaltou durante o bate-papo que “o Conasems está sempre aberto e disposto a apoiar iniciativas que qualifiquem e fortaleçam não só a Atenção Primária mas também a Média e Alta complexidade. O Enlace é um projeto que foi construído com muito cuidado, com muito respeito aos profissionais de saúde e o Guia é um instrumento importantíssimo para o momento que estamos vivendo do aumento da mortalidade materno-infantil em todo o Brasil.”

Em 2021, o UNFPA divulgou o relatório “Situação Mundial da Obstetrícia” em parceria com a Confederação Internacional das Parteiras e trouxe um dado revelador: 67% das mortes maternas, 64% das mortes de recém-nascidos e 65% dos casos de bebês natimortos poderiam ser evitados se existissem mais investimentos e apoio a profissionais de obstetrícia. A estimativa é de que poderiam ser salvas 4,3 milhões de vidas por ano no mundo.

Para Astrid Bant, a presença e o fortalecimento de enfermeiras e enfermeiros obstétricos e obstetrizes “contribui para a promoção da saúde sexual, reprodutiva e dos direitos. A literatura científica demonstra que são essenciais para a redução de intervenções obstétricas e de partos cesáreos, para a ampliação do acesso ao planejamento familiar e para a melhoria dos indicadores de saúde materna e infantil”.

Uma das metas na área de Saúde e Bem-Estar da Agenda é a redução, até 2030, da taxa de mortalidade materna global para menos de 70 mortes por 100 mil nascidos vivos. A OMS calcula que cerca de 830 mulheres morrem todos os dias no mundo, devido a complicações na gravidez e no parto.

Neste cenário, a enfermeira Luciane Gomes, que trabalha na Atenção Primária de Piratini – RS, teve a oportunidade de conhecer a fundo o Guia e estimulou que colegas de profissão e de outras categorias apliquem as metodologias do material nas rotinas de atendimento país afora.

“Informação é tudo e nós, que trabalhamos junto à nossa comunidade, somos também porta-vozes de boas informações. Principalmente falando das mulheres em situação de vulnerabilidade social, o guia nos ajuda a informá-las sobre os direitos sexuais e reprodutivos delas, além de ajudá-las a tomar decisões de forma mais autônoma e responsável. Dessa forma, a gente garante mais qualidade de vida para ela e família”, comentou Luciane.

Além de ações voltadas para profissionais de saúde que atuam na Atenção Primária, o projeto Enlace também lançou o Guia de cobertura jornalística da atenção obstétrica, um material com orientações para apoio de jornalistas na produção de reportagens sobre saúde sexual e reprodutiva. Para conferir o material, clique aqui.

A live está disponível no canal do Conasems no YouTube e você pode assisti-la no link abaixo: