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Juventudes fronteiriças de Foz do Iguaçu e Ciudad del Este é tema de seminário de ISM e UNILA

Juventudes fronteiriças de Foz do Iguaçu e Ciudad del Este é tema de seminário de ISM e UNILA

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Juventudes fronteiriças de Foz do Iguaçu e Ciudad del Este é tema de seminário de ISM e UNILA

calendar_today 16 June 2021

Na próxima quarta-feira, 23 de junho, às 19 horas de Brasil, Argentina e Uruguai, e 18 horas de Paraguai, o Instituto Social do MERCOSUL e a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), por meio da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE), com o apoio do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), realizam o seminário “Desafios das Juventudes da fronteira de Foz do Iguaçu e Ciudad del Este – Educação, Saúde, Trabalho, Covid-19”. Desenvolvido no marco do projeto “Juventudes e Fronteiras no MERCOSUL”, o seminário tem como objetivo discutir o tema da juventude na região de fronteira de Foz do Iguaçu e Ciudad del Este a partir dos dados encontrados nas pesquisas “Características socioeconômicas das juventudes nas cidades fronteiriças do MERCOSUL”, publicado recentemente por ISM e Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), e “Juventudes e Meios de Vida: Impactos do COVID-19”, conduzida por ambas instituições. Além de identificar os desafios, a proposta é refletir sobre possibilidades de melhor acompanhamento dos jovens na região no âmbito de políticas públicas locais, nacionais e regionais, e cooperação internacional.

Participarão da atividade a Pró-reitora de Assuntos Estudantis da UNILA, Jorgelina Tallei, a coordenadora do projeto “Brincadas de Apoio, da Educação, do Brincar, dos Gestores Educacionais e do Ouvir”, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Fernanda Liberali, o coordenador do projeto “Juventudes e Fronteiras no MERCOSUL”, Nahuel Oddone, chefe de Promoção e Intercâmbio de Políticas Sociais do Instituto Social MERCOSUL, e o consultor do projeto, Fabricio Vazquez, que desenvolveu a pesquisa “Juventudes e Meios de Vida: Impactos do COVID-19”. A atividade contará com comentários do diretor executivo do ISM, Juan Miguel González Bibolini, a Associada de Projetos Joint SDG Fund e Juventudes do UNFPA Brasil, Daniela Florio, e os vereadores de Foz do Iguaçu, Adnan El Sayed e Yasmin Hachem, além de estudantes universitários, como Isaac Núñez, de la UNE de Ciudad del Este.

A atividade é gratuita e aberta ao público. Será transmitida pelo YouTube e Zoom. Assista também no site: https://www.ismercosur.org/es/live/

Para participar, inscreva-se aqui

 

Sobre o projeto

“Juventudes e Fronteiras no MERCOSUL” busca caracterizar adolescentes e jovens em áreas de fronteira e reunir evidências para a formulação de políticas que levem em conta as particularidades de seu ciclo de vida e os principais desafios. Inclui diagnósticos e pesquisas, além de oficinas com jovens e adolescentes e campanhas de incidência.

O projeto compreende os pares de cidades Foz do Iguaçu (BR) – Ciudad del Este (PAR); Rivera (URU) – Santana do Livramento (BR); Concordia (AR) – Salto (URU) e Encarnación (PAR) – Posadas (AR). Nas regiões de fronteira analisadas, a proporção de jovens e adolescentes está entre 22% da população total, em Rivera (Uruguai), e 28%, nas cidades paraguaias de Encarnación e Ciudad del Este. 

Situação em Foz do Iguaçu e Ciudad del Este

A cidade paraguaia de Ciudad del Este tem a maior proporção de jovens de 15 a 29 anos dentre as oito cidades analisadas, 28% da população total; Já em Foz do Iguaçu, a população de 15 a 29 anos representa 27% da população total. Em Foz do Iguaçu são 69.104 jovens; enquanto em Ciudad del Este são 88.224 segundo as fontes referenciadas no estudo. Foz se destaca como a cidade com maior número de solteiros e solteiras: 90,8% dos homens de 15 a 29 anos e 85,4% das mulheres; do outro lado da fronteira, são solteiros 75% dos homens e são solteiras 66,4% das mulheres.

Dentre as cidades analisadas, Foz apresenta a maior incidência de jovens que trabalham (84,1%) – só trabalham ou estudam e trabalham ao mesmo tempo-, além da menor incidência de jovens que não estudam e não trabalham (conhecidos como “ni-ni”), 10,1%, e a menor incidência de jovens que só estudam: 5,7%. Os dados aproximados são prévios à pandemia. As cidades brasileiras, em geral, apresentam indicadores mais próximos para homens e mulheres, que os demais países.

Outro fato que chama a atenção é a maior presença de jovens chefes de lar que residem em moradias alugadas: 56,5% em Ciudad del Este e 47,5% em Foz do Iguaçu. A cidade brasileira é a segunda dentre as analisadas em que os/as jovens chefes de lar são proprietários/as dos imóveis: 43,4%, seguido da cidade brasileira de Santana do Livramento, 53,3%.

Estes e outros indicadores serão analisados no seminário do dia 23 de junho, assim como os impactos identificados com a pandemia do Covid-19 na região.

Para mais informações e outros dados referentes à educação, saúde, proteção social, trabalho, formação do lar, entre outros, especificamente dos jovens nessas cidades de fronteira, por favor revise a publicação “Características socioeconômicas das juventudes nas cidades fronteiriças do MERCOSUL”, que pode ser baixada aqui