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"O edital nos dá ferramentas para que possamos crescer e alçar novos voos", diretora do CEMJ sobre edital Nas Trilhas de Cairo

Por Anaís Cordeiro

O Centro de Estudos e Memória da Juventude (CEMJ) possui o maior acervo do Brasil sobre a temática de juventudes, e com o apoio do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), a entidade tem conseguido se fortalecer e expandir as suas atividades e parcerias. O apoio do UNFPA se deu através do edital Nas Trilhas de Cairo, dedicado ao fortalecimento das capacidades institucionais de organizações da sociedade civil que desenvolvem atividades sobre temas e ações relacionadas ao mandato do UNFPA no Brasil.

Na primeira edição do edital, a entidade criou o portal do CEMJ que comporta: parte do acervo da entidade sobre juventudes; a revista Juventude.br que publicou em dois anos 50 artigos científicos sobre juventudes; e alguns dos cursos promovidos pela instituição. Dois desses cursos também tiveram o apoio do UNFPA, o de arquivologia, que teve a participação de 300 pessoas, e o curso de editoração de revista científica que reuniu 100 participantes.

Nesta segunda edição do edital Nas Trilhas de Cairo, o CEMJ dedicou todos os esforços à preservação da memória. Segundo a Diretora de Planejamento e Patrimônio, Karen Castelli, a adequação da entidade para o ambiente virtual, com a informatização dos serviços e a implementação do acervo digital, ampliou o alcance da entidade que completa 38 anos em 2022.  

Com o lançamento do portal, a organização está preparada para fazer parcerias com outras entidades que trabalham com juventudes, fazendo o convite para que elas enviem também os seus acervos. "Esse é o momento pra gente conseguir englobar mais parcerias por meio do acervo. Hoje com o edital da UNFPA a gente consegue receber arquivos de memória sobre juventude, catalogar, e a próxima etapa é começar a construir mostras virtuais a partir do nosso acervo", explica Karen.  

Ela ressalta que o apoio dado pelo edital permitiu que o CEMJ voltasse as atenções para o próprio acervo, sem a obrigatoriedade de desenvolver um projeto paralelamente, o que fortaleceu a instituição, mesmo em meio a pandemia de COVID-19. "Com o edital do UNFPA a gente conseguiu se manter e se voltar para o acervo, refletindo sobre o papel dele para a nossa organização, o que foi importante porque foi dessa reflexão sobre preservação da memória que o CEMJ surgiu", conta.

Para os próximos passos do CEMJ, Karen conta que um dos planos será articular projetos com outras organizações, inclusive internacionalmente, um aprendizado advindo da experiência com as formações oferecidas às organizações contempladas com o edital. "Eu gosto muito dos editais do UNFPA porque é um edital para fortalecer as entidades sociais. O edital nos dá ferramentas para que possamos crescer e alçar novos voos.", afirma. Agora em contato com entidades internacionais, o CEMJ vem discutindo formas de se aproximar da história e da memória da juventude mundial.