O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) reuniu estudantes de medicina do país inteiro para a segunda edição de um workshop sobre saúde sexual e reprodutiva realizado em agosto, em Brasília. A iniciativa, que teve o objetivo de criar jovens multiplicadores sobre o assunto, já começou a dar frutos e ser replicada: em 26 de outubro, em Cuiabá, foi realizado o I Simpósio de Ginecologia e Obstetrícia de Mato Grosso, uma parceria entre as Ligas Acadêmicas de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Universidade de Cuiabá (Unic) e Centro Universitário de Várzea Grande (UNIVAG).
O evento foi inspirado no workshop do UNFPA e tratou de temas como infecções sexualmente transmissíveis, métodos contraceptivos, reprodução assistida, saúde da mulher, entre outros. No auditório de uma das universidades, participaram 168 pessoas, entre médicos, psicólogos, enfermeiros, além de estudantes de medicina e enfermagem. Durante a abertura, foi exibido um vídeo da representante auxiliar do Fundo de População da ONU, Júnia Quiroga, cumprimentando os estudantes pela iniciativa. Além disso, o UNFPA atuou enviando materiais informativos.
Uma das organizadoras foi a estudante Pietra Osti, que participou da oficina em Brasília. “Os temas discutidos não foram selecionados ao acaso. Todos eles impactam direta ou indiretamente nos direitos das mulheres. Foram utilizados dados concretos, muitos deles disponibilizadas pelo UNFPA, que também foram explicados no evento”, afirma. “Este evento com certeza impactou os participantes e espero que reproduzam isso na prática clínica e mesmo na vida cotidiana, promovendo saúde e permitindo que os direitos das mulheres sejam cumpridos”, conclui.
Para a oficial de programa para Segurança de Insumos em Saúde Sexual e Reprodutiva do UNFPA, Nair Souza, o simpósio realizado em Cuiabá responde diretamente ao objetivo de multiplicar os conhecimentos sobre saúde sexual e reprodutiva e proporciona a sensibilização de profissionais e futuros profissionais de saúde para um atendimento mais humano. “Esperamos, com certeza, que mais iniciativas como essa se espalhem pelo país, reforçando o compromisso do Fundo de População da ONU com a promoção da saúde sexual e reprodutiva e o empoderamento destes jovens, que são o futuro da medicina”, lembra.