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Declaração da diretora executiva do UNFPA, dra. Natalia Kanem, por ocasião do Dia Internacional da Menina, 11 de outubro

 

Ao redor do mundo, meninas estão desafiando estereótipos de gêneros e se libertando dos papéis que a sociedade tem determinado por gerações. Mais e mais estão dizendo não ao casamento infantil e pressionando pelo fim da prática. Elas estão se mobilizando pelo direito de permanecer na escola e de viver livres da violência e dos danos. Elas estão fazendo um chamado para ação climática urgente e trabalhando para construir sociedades mais justas, equitativas e sustentáveis. 

Neste Dia Internacional da Menina, vamos apoiá-las. Isso significa assegurar que elas tenham informação e suporte necessários para realizar uma transição segura e sadia à vida adulta. Significa ouvir suas vozes e respeitar seus direitos e escolhas. 

Quando meninas têm conhecimento apropriado à idade sobre seus corpos e relacionamentos, elas estão melhor equipadas para prevenir a gravidez e proteger-se de infecções sexualmente transmissíveis, inclusive o HIV. Elas podem permanecer no caminho para completar sua educação e adquirir as habilidades que precisam para achar e manter empregos decentes, e para alcançar seu pleno potencial. Isso é um fator que muda a vida das meninas e que muda o jogo para as sociedades. Empoderar meninas em todas as esferas de suas vidas pode ajudar países a estabelecer as bases para prosperidade e bem-estar e colher o bônus demográfico do crescimento econômico.

Essas questões e outras estarão na agenda da Cúpula de Nairóbi da CIPD 25, que será convocada em novembro pelos governos do Quênia e da Dinamarca, junto com o UNFPA. Na Cúpula, governos, sociedade civil, setor privado, líderes da comunidade, instituições internacionais e outros farão compromissos concretos para alcançar os objetivos acordados por 179 países em 1994, na Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento no Cairo (CIPD). Esses objetivos incluem assegurar o direito de meninas à educação e saúde; eliminando o casamento infantil, mutilação genital feminina e outras práticas nocivas; e indo ao alcance das necessidades especiais de adolescentes e da juventude para acesso à informação e serviços em saúde reprodutiva. 

No UNFPA, nós acreditamos no poder de garotas em tomar o controle sobre seus corpos, escrever seus próprios roteiros e dar forma a suas próprias vidas. Nossa estratégia global para jovens e adolescentes, - Meu Corpo, Minha Vida, Meu Mundo (em inglês, My Body, My Life, My World) - é nosso tema enquanto marchamos com a juventude rumo à Cúpula de Nairóbi.

No próximo ano, o mundo também vai comemorar o 25º aniversário de adoção da Declaração e Plataforma de Ação de Beijing, outro marco no caminho aos direitos e escolhas para meninas. 

Muitas das promessas que governos fizeram às meninas em Cairo e Beijing ainda estão por ser realizadas. Ao cumprir nossos compromissos, prepararemos o cenário para que meninas vivam as vidas que sonham e que sejam a força imparável que nós sabemos que elas são.