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Empoderar meninas de 10 anos é crucial para futuro com igualdade de gênero, diz UNFPA

Empoderar meninas de 10 anos é crucial para futuro com igualdade de gênero, diz UNFPA

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Empoderar meninas de 10 anos é crucial para futuro com igualdade de gênero, diz UNFPA

calendar_today 01 June 2017

Para debater o futuro das meninas brasileiras, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) promoveu, com o Museu do Amanhã, o seminário "10 meninas na construção dos amanhãs". O evento, realizado no Rio de Janeiro em 26/5, foi inspirado pelo relatório "Situação da População Mundial 2016".

Foto: UNIC Rio

"Os 10 anos marcam a entrada na puberdade. É quando as meninas estão mais vulneráveis ao casamento precoce e a outros tipos de abusos. O relatório ressalta a importância de proteger essa geração para que ela possa desenvolver todo o seu potencial. Isso vai marcar o grau de sucesso da Agenda 2030", disse o representante do UNFPA no Brasil, Jaime Nadal, ao Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil (UNIC Rio).

O relatório analisa o modo como fatores cruciais tais como leis, serviços, políticas, investimentos, dados e padrões que permitam garantir os direitos das meninas com idades entre 10 anos ou mais podem determinar o cumprimento da Agenda 2030 e seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Durante o encontro, meninas de diferentes partes da cidade se reuniram para discutir temas que afetam seu presente e futuro. No evento, a astrônoma Duília de Mello fez uma palestra apontando a necessidade de encorajar as jovens desde a infância.

“A menina se sente inferior e esse é um complexo imposto pela sociedade. Precisamos mostrar bons exemplos de mulheres na liderança, mulheres na ciência. Essa fase dos 10 anos é muito importante e é quando devemos incentivar as meninas a fazer perguntas, a ser curiosas”, afirmou a astrônoma, autora do livro ‘Vivendo com as Estrelas’.

O relatório aponta ser menos provável que as meninas completem os níveis médio e superior de ensino – e mais provável que tenham mais dificuldade em encontrar trabalho remunerado e que tenham pior saúde física e mental. De acordo com o documento, o desafio atual é aumentar as intervenções essenciais que permitam alcançar mais jovens, especialmente as mais pobres e mais vulneráveis.

“Acho que o machismo é uma coisa ruim. É algo que eu não quero ver no futuro. Hoje, eu aprendi sobre sororidade, a união e aliança entre mulheres. Acho que não podemos excluir ninguém da sociedade e ter muita empatia”, disse Letícia, de 10 anos.

Informações do Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil (UNIC).