A visita na Casa Miga fez parte da agenda do Embaixador em Manaus, que foi conhecer a atuação da Operação Acolhida na cidade.
Na ocasião, o Embaixador visitou todos os espaços da Casa e participou de uma roda de conversa com moradoras e moradores. No encontro, foram relatadas algumas histórias de vida das pessoas abrigadas que contaram sobre seus processos migratórios e sobre o acolhimento e a integração no Brasil, ressaltando as dificuldades para achar emprego ou acessar alguns serviços, como consequência da discriminação contra população LGBTI, somado ao preconceito por serem de outros países.
A atividade contou com a presença de pessoas refugiadas e migrantes venezuelanas e cubanas que chegaram ao Brasil em processos de deslocamento forçado. O embaixador falou com o grupo e disse que levaria o exemplo do projeto para outros embaixadores.
Desde 2017, o Fundo de População da ONU tem trabalhado na ampliação da resposta humanitária ao fluxo migratório proveniente da Venezuela, atuando primeiro em Roraima e agora com presença em Manaus.
A Casa Miga abriu suas portas em agosto de 2018, e é coordenada pela organização não-governamental Manifesta LGBTQ+, que atualmente conta com o apoio do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e da União Europeia. Com capacidade atual para 16 pessoas, a Casa é o abrigo de referência para o acolhimento de pessoas migrantes e locais da comunidade LGBTI em Manaus. Atualmente, 11 pessoas estão abrigadas sendo 7 venezuelanas e 4 cubanas.
O Fundo de População das Nações Unidas realiza ações de apoio para a população LGBTI dentro da Casa Miga, promovendo a disseminação de informações com relação aos direitos e ao acesso a serviços de saúde no Brasil, assim como a promoção da resiliência comunitária e a integração.