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O Fundo de População das Nações Unidas e o Esporte Clube Bahia lançaram oficialmente na tarde do último sábado, 7, na Arena Fonte Nova, a campanha #ZeroViolência contra Mulher. A ocasião, que também ocorreu em alusão e celebração ao 8 de março, Dia Internacional da Mulher, contou com a assinatura de um Memorando de Entendimento entre o time baiano e o organismo internacional. Assinaram o documento a representante do UNFPA no Brasil, Astrid Bant, e o Presidente do Bahia, Guilherme Bellintani. 

“Esta parceria vem do fato de entendermos que o esporte, em especial o futebol, é um excelente espaço na promoção dos direitos humanos. E o Esporte Clube Bahia vem desenvolvendo ações neste âmbito”, destaca Astrid Bant. A Representante reforçou ainda a importância do enfrentamento às violências baseadas em gênero, um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS). “Não vamos poder atingir as metas e garantir o bem viver de todas as pessoas, inclusive alcançar o fim da violência contra mulheres e meninas, se não houver investimento na igualdade de gênero”.

Para Belintani, a campanha está alinhada com os objetivos do clube de promoção de direitos humanos através do futebol. Segundo o presidente, o Bahia vem realizando campanhas desde 2018 voltadas para a responsabilidade social. 

“O futebol termina sendo expressão de tudo o que acontece na sociedade e, infelizmente, não só as coisas boas. Apesar do futebol ter muitas alegrias, também traz com ele um ambiente de muita intolerância e muito preconceito. O que o Bahia e a ONU fazem [com a campanha] é dar uma contribuição para que seja reduzido e desafiado, colocando o dedo na ferida”, reflete o presidente do clube.

Além da assinatura da minuta, os jogadores literalmente vestiram a camisa da ação e entraram em campo com uniforme personalizado #ZeroViolência contra Mulheres. Meninas acompanharam os atletas na entrada em campo e um vídeo da campanha foi exibido no telão do estádio no intervalo para o segundo tempo da partida contra o Confiança, time visitante. A parceria ainda conta com a realização de oficinas sobre violência de gênero, organizadas pelo UNFPA, para os garotos da divisão de base e os sócios do clube.

Após o término do jogo, as animadoras oficiais de torcida do Bahia, as Tricolíderes, fizeram uma apresentação de enfrentamento à violência contra as mulheres. “Convivemos em um espaço com homens em sua maioria e queremos levar para dentro deste meio um pouco das consequências e impactos que as diversas formas de violência podem causar em nós, mulheres”, partilha Júlia Azevedo, líder do grupo que utilizou faixas com palavras como “feminismo”, “respeito”, “Zero Violência”, entre outras, para fazer um alerta. “A parceria do Bahia com a ONU fortaleceu nossa ideia”, finaliza.

Ainda no âmbito do 8 de Março, Astrid Bant foi acompanhada por Michele Dantas, oficial de projetos do UNFPA na Bahia. Elas visitaram a Casa Respeita As Mina, da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia (SPM-BA) e dialogaram com a secretária, Julieta Palmeira. O espaço foi criado para oferecer orientação sobre enfrentamento às várias formas de violência contra as mulheres.