Evento realizado em parceria com a Secretaria da Saúde e Secretaria da Mulher visou somar forças para combater a pobreza menstrual
Texto adaptado. Por Willian Matos, da Agência Saúde-DF
Bate-papo com jovens e transmissão de curtas-metragens marcaram o Dia Internacional da Dignidade Menstrual, data criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 28 de maio.
O estudo “Pobreza Menstrual no Brasil”, produzido pelo UNFPA e UNICEF, mostra que 713 mil pessoas que menstruam vivem sem acesso a banheiro e/ou chuveiro em casa e mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas. A representante auxiliar do UNFPA Brasil, Júnia Quiroga, alerta que, para reduzir estes números, é preciso viabilizar parcerias. “A gente tem se concentrado em dizer que somente com parcerias múltiplas vamos conseguir de fato transformar algumas situações. Não é responsabilidade exclusiva de governo, entidades ou doadores, é dever de todos”, declara.
Representando a SES, o coordenador da Atenção Primária à Saúde, Fernando Erick Damasceno, ressaltou a importância de se debater a pobreza menstrual e falou em somar esforços para construir medidas conjuntas. “Estamos discutindo algo simples, que é o acesso ao absorvente descartável, mas ao mesmo tempo falando da defesa da dignidade de pessoas que não tem condições de desfrutar de padrões mínimos de higiene e saúde qualidade de vida”, pontuou.
O cine-debate transmitiu os curtas “Pobreza Menstrual - o filme”, “Menarca” e “Absorvendo o Tabu”. O evento proporcionou também mesa de debate com a pesquisadora Caroline Costa dos Santos, autora do relatório “Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdades e violações de direitos”; Carolline Paggi, produtora do filme “Pobreza Menstrual - O Filme”; e Maressa Queiroz, assistente de Proteção para Saúde Sexual e Reprodutiva e Direitos do UNFPA Brasil.