Você está aqui

Declaração da Diretora Executiva do UNFPA para o Dia Mundial da AIDS 2017
 
Uma nova infecção pelo HIV já é demais - e em 2016 haviam 1,8 milhões.
 
Ao adotar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a comunidade internacional comprometeu-se a acabar com a AIDS até 2030. Isso só será alcançado assegurando o direito à saúde de todas as pessoas. Este direito é comprometido quando as pessoas enfrentam o estigma e a discriminação, e quando elas não têm informações, serviços e atuação. O estigma e a discriminação, que permanecem concretamente presentes em comunidades no mundo todo, desempenham um papel particularmente incendiário na transmissão contínua do HIV.
 
Quando as meninas adolescentes não possuem autonomia corporal; quando elas não podem evitar de se casarem quando criança ou de se protegerem contra o HIV, de outras infecções sexualmente transmissíveis ou de gravidezes não intencionais, elas são negadas seu direito à saúde. Como resultado, vemos taxas alarmantes e inaceitáveis de novas infecções por HIV entre adolescentes e mulheres jovens, particularmente na África. Quando os jovens enfrentam julgamento de prestadores de serviços de saúde e outras barreiras culturais que efetivamente bloqueiam seu acesso a informações e serviços, eles não estão exercendo seu direito à saúde. Quando as leis e políticas injustas impedem as populações-chave de obter serviços, ou quando há humilhação de homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo, pessoas transgêneras e pessoas que usam drogas, o direito à saúde é obstruído e o HIV prevalece.
 
Muitas vezes, para os mais marginalizados e alienados da sociedade, permanecer escondido para a segurança pessoal ou devido à desaprovação antecipada é percebido como a melhor maneira de viver uma vida livre de violência. No entanto, isso geralmente significa que eles são privados de prevenções, diagnósticos e tratamentos que salvam vidas.
 
O UNFPA, Fundo de População das Nações Unidas, se juntou ao UNAIDS, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV / AIDS, para liderar a Coalizão Global de Prevenção do HIV, trabalhando com governos, comunidades e parceiros para ampliar os esforços de prevenção nos países e populações mais afetados. Estamos trabalhando juntos para capacitar e proteger nossos jovens com conhecimento através da educação. Estamos apoiando e abraçando comunidades vulneráveis e populações-chave para lhes permitir acessar serviços baseados em direitos e atingir seu potencial.
 
O UNFPA apela aos governos e às comunidades para que tomem as medidas necessárias para acabar com o estigma e a discriminação como empecilhos para garantir o direito à saúde para todos. Devemos continuar promovendo inclusão e tolerância para que, em conjunto, possamos acabar com a AIDS até 2030.