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A Iniciativa é resultado de parceria entre a UNAIDS, União Europeia, UNFPA e ONU Mulheres.
Os filmes da campanha estão disponíveis em português, inglês, espanhol e, pela primeira vez, em tikuna, 
idioma de 30 mil indígenas brasileiros.

Brasília, 07 de janeiro de 2013 – Segundo dados do Governo Federal, estima-se que mais de 630 mil pessoas vivam com HIV/Aids no Brasil. A cada 5 minutos, uma mulher é agredida no país; a cada 2 horas, uma mulher é assassinada. Em 80% dos casos, o agressor é o marido, companheiro ou namorado. O eixo Violência e HIV, segunda edição da campanha Mulheres e Direitos no Brasil, é o resultado de uma parceria entre a UNAIDS – Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/ Aids, a União Europeia, o UNFPA – Fundo de População das Nações Unidas, e a ONU Mulheres – a Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres. A campanha contou ainda com o apoio da Presidência da Câmara dos Deputados para o lançamento – que aconteceu em Brasília, no dia 09 de outubro de 2012. Em janeiro de 2013, será lançado o hotsite da campanha, disponibilizando o material produzido, que poderá ser acessado emhttp://www.mulheresedireitos.org.br.

“De modo similar à violência homofóbica, a violência contra a mulher é inaceitável e deve ser coibida. Além de violar direitos humanos básicos, em ambas as circunstâncias, é fator acrescido de vulnerabilidade à infecção pelo HIV. A existência de norma legal é necessária, mas não suficiente, para que se possa alcançar um ambiente social favorável; é imprescindível a mobilização de modo permanente de toda a sociedade com vistas ao alcance desse objetivo”, afirma Pedro Chequer, coordenador da UNAIDS no Brasil.

Após destacar que a campanha é co-financiada pelo Instrumento Europeu para a Promoção da Democracia e os Direitos Humanos (IEDDH), a expressão mais visível do compromisso da União Europeia com a promoção e proteção dos direitos humanos, a Embaixadora Ana Paula Zacarias, Chefe da Delegação da União Europeia no Brasil, afirmou “ Demos prioridade à luta contra a violência às mulheres, às crianças e adolescentes, e às populações vulneráveis, entre as quais as populações indígenas. A nossa maior preocupação foi desenhar uma campanha que tivesse impacto local, chegando às comunidades mais afastadas e carentes, salientando os aspetos transversais da violência contra a mulher, como as doenças sexualmente transmissíveis, notadamente o HIV/AIDS. Este tipo de ação conjunta e direcionada se torna imprescindível no âmbito do combate à violência de gênero".

O hotsite tem o objetivo de contribuir para a conscientização da população brasileira sobre redução da violência contra a mulher, promoção da equidade de gênero e da saúde feminina a partir da divulgação dos produtos da campanha. Estão sendo disponibilizados spots de rádio, folder e filmes para TV, além de material relacionado ao tema. Os produtos estão disponíveis em português, inglês, espanhol e, pela primeira vez, também em tikuna – idioma indígena falado por mais de 30 mil pessoas no Brasil. A campanha foi lançada no Salão Nobre da Camara de Deputados em 2012 e vem sendo relançada em varias oportunidades em nível local. A adesão dos meios de comunicação é aspecto fundamental para sua disseminação e mobilização social, somando-se as iniciativas existentes do Governo Federal e da SPM em particular.