Ação realizada em parceria com a Secretaria da Mulher, Assistência Social e Cidadania ainda abordou a prevenção de ISTs e planejamento reprodutivo
Por Pedro Sibahi
O conceito de Violência Baseada no Gênero e suas raízes profundas na sociedade, os tipos de violência previstos na Lei Maria da Penha, o que são e como se prevenir de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), assim como as formas de planejamento reprodutivo, foram alguns dos temas abordados pela equipe do Fundo de População das Nações Unidas em atividade para 93 adolescentes no Instituto Pró-Menor Dom Bosco, em Manaus, capital do Amazonas. As ações realizadas no dia 20 de outubro, em parceria com a Secretaria da Mulher, Assistência Social e Cidadania, integraram a campanha Manaus por Elas.
Durante o encontro, também foram levantadas formas mais sensíveis e invisibilizadas de violência, como bullying através de “piadas” ou comentários misóginos e LGBTIfóbicos. A equipe do UNFPA falou ainda sobre os direitos reprodutivos das pessoas adolescentes e como acessar a rede de Saúde para atendimento sigiloso e acesso aos métodos contraceptivos.
Além das sessões informativas, foram distribuídos materiais impressos para que outros jovens, que não puderam comparecer, tivessem acesso às informações, em especial sobre violência baseada no gênero, com a cartilha A construção de uma sociedade não-violenta: uma questão de gênero.
Segundo Elayne Sartori, Assistente de Proteção do UNFPA em Manaus, ”além de ter sido uma atividade importante em termos de desenvolvimento, identificamos ser essencial para o alcance dos três zeros [zero mortes maternas evitáveis, zero necessidades de contracepção não atendidas e zero práticas nocivas contra mulheres e meninas] que consigamos atingir também adolescentes e jovens da comunidade de acolhida”.
Ela acrescenta que “não se pode esperar uma alteração na raiz da Violência Baseada em Gênero sem considerar a informação e educação das pessoas que fazem parte da sociedade hoje e que serão atores e atrizes chaves na construção de políticas públicas e de novas formas de relações sociais no futuro. Atuando com jovens é possível garantir medidas duradouras e eficazes para uma vida sem violência no hoje e amanhã”.
