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Escutar e compartilhar vivências de diversidade foi o exercício de resiliência e empatia que o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) promoveu durante a segunda roda de conversa O que mudou para  a população LGBTQI+ depois da CIPD?, realizada em Brasília na última quinta-feira, 14. Um encontro para partilhar histórias de vida de pessoas LGBTQI+ com relação a saúde sexual, reprodutiva e direitos. 

 

“Nesses momentos que a gente se reúne com outras pessoas LGBTQI+ e compartilhamos essas histórias, vemos nossos pontos em comum, em que convergimos e assim fortalecemos a nossa identidade”, conta Wanda Marques, mulher trans e moradora de Santa Maria (DF). Ela afirma que é nesse momento que as pessoas podem se enxergar, fazer redes e construir iniciativas para enfrentar os desafios de garantia de direitos.

Wanda conta que teve a oportunidade de conhecer mais a respeito da comunidade LGBTQI+ em todos os seus aspectos e interseccionalidades, como pessoas não binárias, trans negras e intersexuais - cujas dificuldades ela pouco conhecia. “O que mais contribuiu para mim nesse processo foi justamente essa rede de contato, conversa e apoio para pensarmos em políticas públicas e ações, principalmente em um organismo internacional, que contemple a nossa realidade de forma transversal”, afirma Wanda.

 

 As histórias contadas foram de problemas, mas também de luta e conquistas, principalmente no que se diz respeito a visibilidade e a participação. “Por meio de nossas histórias podemos ir adiante. Saber que uma pessoa LGBTQI+ avança por seus direitos nos ajuda a seguir vivendo e tendo esperança”, reflete o venezuelano Angel Daniel.

 

Angel também agradeceu a oportunidade de conhecer outras vivências da diversidade e as possibilidades de multiplicar aprendizados. “Eu não tenho muito conhecimento sobre as questões LGBTQI+,  porque no meu país isso é encoberto, não é livre. Aqui aprendi muitas coisas e pude contar minha história pessoal, quem sabe eu não poderei ajudar outras pessoas, assim como estão me ajudando?”, diz.