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UNFPA inicia planejamento do seu novo programa de país com apoio de parceiros estratégicos

UNFPA inicia planejamento do seu novo programa de país com apoio de parceiros estratégicos

UNFPA inicia planejamento do seu novo programa de país com apoio de parceiros estratégicos

calendar_today 03 February 2016

Brasília - O UNFPA Brasil iniciou nesta terça-feira (2), em Brasília (DF), a "Reunião sobre o seu novo programa de país" (2017-2021). O evento, que conta com a presença de parceiros estratégicos de governo, sociedade civil e academia, busca identificar e analisar os desafios e prioridades para atuação da agência no ciclo programático para os próximos cinco anos, a partir de um processo participativo e de consulta. Participam cerca de 40 convidados (as) de 20 instituições do governo e sociedade civil.

O encontro foi aberto pelo Representante do UNFPA no Brasil, o Sr. Jaime Nadal, que dividiu a mesa de abertura com a diplomata da Divisão de Temas Sociais do Ministério das Relações Exteriores, Laura Delamonica, e a Assessora Especial da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Sônia Malheiros.

Nadal ressaltou que esse é um momento de definição de prioridades, estratégias e resultados a serem alcançados, onde a participação de cada uma das instituições convidadas é muito importante para o processo. O Representante falou também sobre a necessidade de preservar o programa de ação do Cairo (1994) nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. “Temos os ODS, uma agenda universal que atinge todos os países. São abrangentes em profundidade e superfície e têm carater transformador (...) Temos que fazer o vínculo entre direitos humanos e desenvolvimento sustentável. É central para o mandato (da Conferência) do Cairo, para (o Consenso de) Montevidéu, mas temos que trasladar isso à realidade das pessoas. Fazer a diferença para que possam atingir seu pleno potencial na vida e para que, de fato, ninguém fique para trás”.

Já Sonia Malheiros destacou a importância da parceira do UNFPA com a SPM-PR, a reativação da CNPD (Comissão Nacional de População e Desenvolvimento) e reforçou a necessidade de garantir, dentro do debate da Agenda 2030 e dos ODS, a agenda de Cairo. “É um programa de ação fundamental para as mulheres (...) Com Cairo temos questões fundamentais que vêm sendo duramente pressionadas para o recuo. Questões específas para as mulheres que são questionadas pelos setores conservadores”.

De acordo com Laura Delamonica, "para o Itamaraty é fundamental fazer parte desse processo de diálogo e construção de ideias para desenvolver o programa de país do UNFPA no Brasil". Para a diplomata, as palavras norteadoras para o planejamento são: implementação, monitoramento e orçamento. Ela ressaltou também o diálogo do Fundo com vários setores. “Um dos destaques é a vantagem comparativa do UNFPA. A capacidade de articulação e coordenação que o Fundo desenvolve. Podemos perceber que a amplitude dos atores envolvidos - governos, sociedade civil, empresas”.
 

O processo de planejamento é alinhado ao Plano Estratégico Global do UNFPA e é elaborado com base em evidências, contribuindo para o alcance das prioridades nacionais refletidas no Plano Plurianual (PPA) 2016-2019 do governo federal e na resposta aos resultados estabelecidos no marco de cooperação da ONU no Brasil para o mesmo período.

Durante a tarde foram realizados grupos de trabalhos nas áreas programáticas do mandato do Fundo de População (saúde reprodutiva e direitos; adolescência e juventude; população e desenvolvimento; cooperação sul-sul em temas da agenda da CIPD), tendo como objetivo identificar desafios para o alcance dos resultados esperados e pactuar estratégias conjuntas com os parceiros para enfrentá-los.

Participam da reunião que termina nesta quarta-feira, 03 de fevereiro: Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Saúde, Ministério de Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (SPM, Seppir e SDH), Ministério do Meio Ambiente, Ministério das Cidades, Ministério da Justiça, Governo do Rio de Janeiro, Secretaria de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Secretaria de Estado para Políticas das Crianças, Adolescentes e Juventude (GDF), Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Secretaria do Meio Ambiente (GDF), Participação Social e Cidadania de Minas Gerais, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Conselho Nacional de Assistência Social, o Movimento Nacional Cidadãs Posithivas (MNCP), Rede Nacional de Jovens Vivendo com HIV-Aids, Nepo-Unicamp, Renafro, Gestos, Coletivo Mangueiras, Agência Brasileira de Cooperação, Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, Conjuve, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Comissão de Cidadania e Reprodução, Católicas pelo Direito de Decidir, Associação Brasileira de Estudos Populacionais, Criola-AMNB e Conselho Nacional de Saúde.

Texto de Midiã Santana e fotos de Ulisses Lacava