Declaração do Diretor Executivo do UNFPA, Dr.Babatunde Osotimehin, e do Diretor Executivo do UNICEF, Anthony Lake, para o Dia Internacional de Tolerância Zero para a Mutilação Genital Feminina de 2016
A Mutilação Genital Feminina (MGF) é uma prática violenta, que deixa cicatrizes nas meninas para toda a vida – pondo em perigo a sua saúde, privando-as de seus direitos e negando-lhes a oportunidade de atingir seu pleno potencial.
A MGF é generalizada. É um problema global que vai muito além da África e do Oriente Médio, onde a prática tem sido mais frequente - afetando comunidades na Ásia, Austrália, Europa, América do Norte e do Sul. E o número de meninas e mulheres em risco só vai aumentar se as atuais tendências demográficas continuarem, eliminando ganhos duramente conquistados.
A MGF é discriminação. Ela reflete e reforça a discriminação contra as mulheres e meninas, perpetuando um ciclo vicioso que é prejudicial para o desenvolvimento e para o nosso progresso como família humana.
A MGF precisa acabar. Em setembro, na Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, 193 Estados - Membros concordaram, por unanimidade, com uma nova meta global de eliminação da mutilação genital feminina até 2030. Este reconhecimento de que a MGF é uma preocupação global é um marco fundamental. Mas este reconhecimento, embora importante, não é suficiente. Para proteger o bem-estar e a dignidade de cada menina, precisamos assumir a responsabilidade como comunidade global para pôr fim à MGF.
Isso significa que precisamos aprender mais - melhorar a nossa coleta de dados para medir a real extensão dessa prática - e fazer mais. Precisamos encorajar mais as comunidades e as famílias a abandonar a MGF. Precisamos trabalhar com maior número de comunidades médicas - incluindo grupos tradicionais e médicos profissionais – e persuadi-los a se recusar a realizar ou apoiar a MGF. Precisamos apoiar mais mulheres e meninas que tenham sido submetidas à essa prática nociva, fornecendo-lhes serviços e ajuda para ajudar a superar o trauma que sofreram. E precisamos apoiar e capacitar as meninas ao redor do mundo para que consigam fazer suas vozes serem ouvidas e possam pedir o fim da MGF.
Todos nós devemos aderir a este apelo. Simplesmente não há lugar para a MGF no futuro que estamos nos esforçando para criar - um futuro onde cada menina possa crescer sendo capaz de vivenciar sua dignidade inerente, seus direitos humanos e sua igualdade até 2030.
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O UNFPA trabalha para criar um mundo em que todas as gestações sejam desejadas, todos os partos sejam seguros e cada jovem alcance seu potencial. Para mais informação sobre o UNFPA e seu trabalho, visite:www.unfpa.org.br . Siga-nos no Twitter e Facebook.
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