Brasília – O Fundo de População das Nações Unidas, O UNFPA, e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) promovem esta semana uma oficina para formar facilitadoras e facilitadores que estarão responsáveis pelas oficinas de enfrentamento ao racismo institucional, a serem realizadas em diversos municípios do país no âmbito do plano Juventude Viva. O intuito principal deste encontro é harmonizar conceitos e abordagens sobre o tema. Essa é a primeira atividade do acordo de cooperação entre as duas instituições.
A “Oficina de Harmonização de Conceitos e Abordagens sobre Racismo Institucional no Plano Juventude Viva” acontece entre os dias 18 a 22 de agosto para dez consultores/as que trabalharão como futuros/as facilitadores/as de oficinas de identificação e abordagem do racismo institucional. Os objetivos são apresentar o roteiro e metodologia das oficinas que devem ser conduzidas em cada um dos municípios, bem como sua proposta metodológica; promover harmonização de conceitos e abordagens sobre os temas direitos humanos, racismo, racismo institucional, preconceito, discriminação, desigualdades, adultocentrismo e preconceito geracional; e compartilhar informações sobre procedimentos administrativos. Além disso, a oficina também explanará sobre plano Juventude Viva.
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“Essa oficina que vamos desenvolver ao longo dessa semana – e as outras oficinas que vamos realizar nos estados e municípios – tem como objetivo oferecer para as gestões e administrações locais um instrumental para que elas possam, na sua ação dentro do plano Juventude Viva, operar para enfrentar o racismo identificado nas suas experiência enquanto gestores /as e operar para enfrentar o racismo e os efeitos na sociedade, mais especificamente nas suas administrações”, destacou Felipe Freitas, coordenador do Plano Juventude Viva pela SEPPIR.
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Larissa Borges, coordenadora nacional de Articulação do Plano Juventude Viva pela Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), comemorou: “Essa oficina tem sido muito esperada. No nosso dia-a-dia o racismo tem sido identificado como um dos principais entraves para o desenvolvimento do plano Juventude Viva. Em um ano de atividades, organizamos cerca de 800 reuniões com gestores locais, várias atividades com a sociedade civil e muitas atividades internas. E nessa relação, temos percebido que ter instrumentos para identificar o racismo institucional nas gestões pode fazer o plano Juventude Viva avançar significativamente”.
UNFPA e SEPPIR
O acordo entre UNFPA e SEPPIR foi assinado em dezembro de 2013 e tem como objetivo principal fortalecer as ações de enfrentamento ao racismo institucional da SEPPIR, prioritariamente nas áreas de saúde, políticas para a juventude e políticas para comunidades quilombolas.
A promoção de oficinas de identificação e abordagem do racismo institucional no âmbito do Juventude Viva é a primeira atividade em curso. Além do UNFPA e SEPPIR, a ação também conta com esforços da SNJ.
“Temos um histórico de trabalho envolvendo as duas instituições. Esta atividade e as seguintes estão alinhadas com a diretriz do UNFPA de trabalhar para garantir que todo jovem, toda jovem, alcance o seu pleno potencial. O enfrentamento ao racismo institucional é uma das chaves para que as necessidades de jovens negros e negras estejam refletidas nas políticas públicas”, pontuou a representante auxiliar do UNFPA, Fernanda Lopes.