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UNFPA defende “Mais Direitos, Menos Zika” no Dia Mundial da População

UNFPA defende “Mais Direitos, Menos Zika” no Dia Mundial da População

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UNFPA defende “Mais Direitos, Menos Zika” no Dia Mundial da População

calendar_today 11 July 2016

Fundo de População das Nações Unidas e Dream Team do Passinho lançam música criada especialmente para a data, que este ano tem como tema “Investir nas Adolescentes”

Brasília (DF) – Para lembrar o 11 de Julho, Dia Mundial da População, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) reúne adolescentes e autoridades para um debate sobre o tema “Investir nas Adolescentes”. No Brasil, a discussão ganha destaque especial com a epidemia de vírus zika, que afeta diretamente a saúde sexual e reprodutiva das mulheres e jovens. Por essa razão, o UNFPA e o grupo de funk carioca Dream Team do Passinho fizeram uma parceria musical para pedir “Mais Direitos, Menos Zika”. A nova música, lançada nesta data, promove o uso de preservativo como forma de prevenir a transmissão do zika por via sexual.

Inspirados em histórias de mães adolescentes infectadas pelo vírus zika e cujos filhos nasceram com microcefalia, infecção congênita causada pelo zika, os artistas do Dream Team do Passinho criaram a música para alertar que a epidemia do vírus zika resulta de desigualdades sociais no acesso a serviços de saúde, em especial de saúde sexual e reprodutiva.

 

A primeira apresentação da música “Mais Direitos, Menos Zika” ocorre durante show do Dream Team que encerra o evento, realizado no Adolescentro - Centro de Referência, Pesquisa, Capacitação e Atenção ao Adolescente em Família, unidade de saúde de referência do Distrito Federal.

Participam uma centena de adolescentes convidados, entre estudantes da rede pública e jovens atendidos pelo Adolescentro. O evento tem o apoio do Adolescentro e da Secretaria de Saúde do GDF.

A programação inclui um debate entre adolescentes e autoridades distritais e federais, que discutem numa grande “roda de conversa” questões prioritárias para meninas na faixa etária dos 10 aos 19 anos, como saúde e educação de qualidade, desenvolvimento de habilidades para a vida e construção de autonomia e resiliência. Segundo dados da PNAD 2014 do IBGE, o Brasil possui cerca de 33,5 milhões de pessoas entre 10 e 19 anos, que representam 16,5% da população total.

“Se queremos alcançar as metas globais estabelecidas para 2030 nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, será imprescindível investir adequadamente nestas meninas. Uma adolescente com boa educação, empoderada, que pode tomar suas próprias decisões, será uma pessoa muito mais produtiva e uma cidadã que poderá fazer contribuições importantes para a sociedade”, observou Jaime Nadal, representante do UNFPA no Brasil. “O surto de zika apresenta o desafio do acesso à educação, serviços e informação pelas mulheres e adolescentes, especialmente as afrodescendentes que vivem em comunidades vulneráveis e estão mais expostas ao vírus e suas consequências. O debate traz para a agenda pública a questão dos direitos das adolescentes e mulheres jovens, especialmente sua saúde sexual e reprodutiva”.

O tema ganha destaque no atual contexto de epidemia do zika, já que recentemente foi confirmado que o vírus também é transmitido por via sexual. Isso coloca em risco as mulheres e em especial as adolescentes que estejam iniciando sua vida sexual, muitas vezes sem acesso às informações e

preservativos que necessitam para viver sua sexualidade de forma consciente, e ao mesmo tempo, evitar gravidezes não planejadas e doenças sexualmente trasmissíveis.

No Brasil, estima-se que a demanda não-atendida por contraceptivos seja entre 6% e 7,7%, atingindo aproximadamente de 3,5 a 4,2 milhões de mulheres em idade reprodutiva. Do total de nascimentos ocorridos nos últimos cinco anos, apenas 54% foram planejados para aquele momento. Entre os 46% restantes, 28% eram desejados para mais tarde e 18% não foram desejados.

A gravidez não planejada na adolescência é uma questão relacionada às desigualdades que afetam principalmente as jovens de estratos sociais mais vulneráveis. Entre as causas, está a falta de acesso

das meninas e adolescentes às informações e serviços de saúde sexual e reprodutiva. Uma realidade que retira muitas adolescentes precocemente da escola, restringindo o desenvolvimento de seu potencial e bem-estar na vida adulta. No Brasil, 20% das mães têm menos de 20 anos, e 40% delas abandonam a escola por causa da maternidade.

Atuando em contextos de zika

Para dar seguimento à sua visão de um mundo onde o potencial de cada jovem é realizado, o UNFPA tem como estratégia dar voz às populações mais vulneráveis através de ações de comunicação e mobilização social inovadoras por meio da iniciativa “Atuando em contextos de zika: direitos sexuais e reprodutivos de grupos em situação de vulnerabilidade”. O objetivo é mobilizar comunidades e ampliar o acesso à informações sobre o zika e seus efeitos na saúde das mulheres com um enfoque em direitos, igualdade de gênero e planejamento voluntário da vida reprodutiva.

A iniciativa prioriza a população mais vulnerável - mulheres em idade reprodutiva, especialmente adolescentes e jovens afrodescendentes de 15 a 29 anos das localidades com maior vulnerabilidade socioambiental e/ou com maior incidência de microcefalia e malformações sugestivas de infecções congênitas por zika de Pernambuco e da Bahia, Estados com maior número de casos confirmados de microcefalia. Inclui ações de campo a serem realizadas em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) e 11 organizações da sociedade civil, com recursos do Fundo de Emergência Global do UNFPA e do Governo do Japão.

Sobre o UNFPA - O UNFPA, Fundo de População das Nações Unidas, é a agência de desenvolvimento internacional da ONU que trata de questões populacionais. Está presente em mais de 150 países e territórios, sendo responsável por contribuir com os países para garantir o acesso universal à saúde sexual e reprodutiva, incluindo o exercício do direito à maternidade segura. O UNFPA também trabalha para que os direitos das juventudes sejam efetivados e para que todas as pessoas jovens possam atingir seu pleno potencial. Além disso, apoia  os países na produção e utilização de dados populacionais que subsidiem a tomada de decisão no campo das políticas públicas. O UNFPA atua no Brasil desde 1973.

UNFPA: Criando um mundo em que todas as gestações sejam desejadas, todos os partos sejam seguros e cada jovem alcance seu potencial.

Mais informações:

Ulisses Lacava Bigaton - (61) 3038.9259 / (61) 98146.5532 - bigaton@unfpa.org

http://www.unfpa.org.br