O secretário de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda do Estado do Pará, Inocencio Gasparim, visitou a equipe do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), em Brasília,para conhecer estratégias desenvolvidas junto a populações em situação de maior vulneráveis e abrir um diálogo sobre possibilidades de cooperação. Ele foi recebido pelo representante do UNFPA no Brasil, Jaime Nadal. Acompanhado da diretora de Assistência Social, Verena Arruda, Inocencio manifestou especial interesse no desenvolvimento de ações voltadas para os jovens sem-sem -- que não trabalham e não estudam.
O Oficial de Programa em HIV e Juventude do UNFPA, Caio Oliveira, fez uma breve exposição sobre o trabalho desenvolvido no projeto de fortalecimento de políticas de juventude firmado com o Governo do Distrito Federal (GDF). No caso desta parceria, Centros de Juventude referenciados localizados nas regiões administrativas promovem o atendimento de jovens não só em temas como arte e cultura, mas também lazer, esporte, assistência social e saúde. “A pessoa jovem precisa encontrar um espaço onde se sinta segura e acolhida, com profissionais nas quais ela confie”, observou.
Caio Oliveira reforçou ainda que é necessário estimular a empregabilidade da juventude por meio de programas focados no desenvolvimento de capacidades e habilidades para a vida, inovação e empreendedorismo.
Jaime Nadal lembrou que há a possibilidade de parcerias bem-sucedidas também com a iniciativa privada, e citou a campanha Ela Decide -- primeira grande ação da Aliança pela Saúde e pelos Direitos Sexuais e Reprodutivos no Brasil, uma mobilização de organizações filantrópicas e do setor privado, em parceria com o UNFPA e com o apoio da Embaixada dos Países Baixos e da Embaixada do Canadá. A campanha tem o objetivo de mobilizar em todo o país ações de apoio e empoderamento de mulheres e adolescentes para que tomem decisões conscientes sobre o exercício de seus direitos reprodutivos.
O secretário de Assistência Social explicou que o Estado tem feito um monitoramento em regiões onde o índice de violência é alto e já identificou necessidades de acompanhamento de jovens em situação de vulnerabilidade. “Temos conhecimento do trabalho do UNFPA e, nesse momento, acreditamos que podemos pensar a questão do Pará e fazer encaminhamentos”, afirmou.