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Nesta terça-feira, 26, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) reuniu 24 adolescentes venezuelanas para uma roda de conversa sobre Saúde Sexual e Reprodutiva. Foram trabalhados temas como as transformações físicas e emocionais vividas no período da adolescência e sexualidade. A atividade aconteceu no Espaço Amigável do UNFPA em Pacaraima (RR), na fronteira com a Venezuela. 

As adolescentes falaram sobre as dificuldades de ser ou terem sido mães na adolescência, mas também sobre os mudanças positivas que a chegada do bebê trouxe para a vida delas. Um dos assuntos abordados foi o papel dos pais - muitas vezes também adolescentes - durante a gravidez e cuidados diários com a criança. 

As meninas também expuseram as dificuldades de terem acesso a métodos contraceptivos e de prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (IST), seja por falta de informação, impedimento na aquisição ou vergonha. Além disso, foram abordados o acesso à saúde pública no Brasil - documentos necessários para obter a carteira do SUS, insumos de prevenção e serviços disponíveis. 

A fecundidade de adolescentes nos países da América Latina é maior que em outras regiões do mundo. De acordo com o Relatório de Situação da População Mundial de 2018, realizado pelo UNFPA, na Venezuela, por exemplo, a taxa de fecundidade entre meninas de 15 a 19 anos é de 95 para cada 1.000, enquanto no Brasil o índice é de 62 em cada 1.000.