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Nesta terça-feira, 8, a representante do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Astrid Bant, participou do IX Encontro Nacional do Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas, entidade que desde 2004 promove a defesa dos direitos das mulheres vivendo com HIV e Aids no Brasil. Nesta edição, o evento online debateu as dificuldades e os desafios apresentados pela pandemia.

Durante a segunda mesa de abertura, Astrid Bant ressaltou a importância de políticas públicas mais inclusivas no acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva. “A violência e a discriminação contra as mulheres e as populações LGBTQI+, as desigualdades de gênero, a pobreza, a falta de educação e outras disparidades socioeconômicas são fatores que contribuem para que não se alcancem melhores resultados na saúde sexual e reprodutiva, tais como redução da mortalidade materna, amplo acesso ao planejamento familiar, e uma resposta mais efetiva à epidemia de HIV/AIDS”, afirmou. Segundo a representante, o UNFPA atuou em parceria com o MNCP no passado e quer seguir trabalhando para eliminar a epidemia de HIV/Aids até 2030.

Para a secretária do Movimento Nacional de Cidadãs Posithivas, Silvia Aloia, a realização do encontro neste ano ocorre em um momento fundamental para a vida das mulheres e pessoas vivendo com HIV e Aids no Brasil, um momento que, segundo ela, é preciso defender mais do que nunca o resgate de ações afirmativas e o reconhecimento das diversas desigualdades que influenciam a vivência das mulheres com HIV e Aids, além do estigma e da discriminação. “As políticas públicas devem focar em ações estratégicas com vistas à redução das vulnerabilidades e das desigualdades que mulheres com HIV e Aids vivem. Precisamos de ações transversais, que contemplem a equidade de gênero, a questão racial e outros determinantes de saúde”, afirmou.

O evento também contou com a participação da diretora do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) no Brasil, Claudia Velasquez, com o representante do Departamento de Doenças Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, Gerson Pereira; entre outros profissionais e entidades da área.