Durante a Cúpula, mais de 25 parceiros humanitários – incluindo o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) – aprovaram um novo pacto para abordar as questões dos jovens na resposta humanitária.
A Cúpula Mundial Humanitária foi encerrada nesta terça-feira (24), em Istambul, com a determinação de efetivar a promessa de não deixar ninguém para trás, incluindo os mais de 60 milhões de pessoas deslocadas devido às crises, incluindo mulheres, crianças e outros grupos.
Para fazer isso, os líderes mundiais e participantes de outros segmentos da sociedade se comprometeram a garantir que “os mais vulneráveis recebam o apoio global que merecem para viver em segurança e com dignidade”, segundo o documento final elaborado pelo presidente da Cúpula ao final do encontro de dois dias.
Os participantes também foram convocados a garantir a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres, e tornar dos direitos das mulheres os pilares da ação humanitária.
Pedindo uma maior ação “para permitir que as mulheres e meninas assumam papéis como líderes e tomadoras de decisão”, foram lançados planos para acabar com a tolerância à violência baseada no gênero, com um compromisso “para garantir que o direito à saúde sexual e reprodutiva seja cumprido para todas as mulheres e meninas adolescentes em situações de crise”.
Os participantes enfatizaram que “as necessidades humanitárias devem ser atendidas por financiamento adequado e previsível”. Houve também um amplo apoio para aumentar o Fundo Central de Resposta de Emergência (CERF, na sigla em inglês) para 1 bilhão de dólares.
Todos os demais compromissos dos cerca de 9 mil participantes de 173 países serão divulgados na Plataforma de Compromissos para a Ação, que ficará disponível a qualquer pessoa.
Durante a Cúpula, mais de 25 parceiros humanitários – incluindo o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) – aprovaram um novo pacto para abordar as questões dos jovens na resposta humanitária.
O “Pacto Global para Jovens em Ação Humanitária” quer proteger a saúde e o desenvolvimento dos jovens; envolver a juventude em todas as fases da ação humanitária; reforçar as suas capacidades como agentes humanitários eficazes; aumentar os recursos para combater as necessidades e prioridades dos adolescentes e jovens; e gerar dados desagregados por idade e por sexo.
Atualmente, metade dos 1,4 bilhão de pessoas que vivem em países afetados por crises e outras fragilidades tem menos de 20 anos. Muitos, especialmente meninas e mulheres jovens, enfrentam a pobreza e a exploração. O Pacto responde as demandas dos jovens de estar no centro da ação humanitária.
“A participação e a liderança dos jovens devem ser a regra, não a excepção. Deve ser institucionalizado em processos e políticas humanitários e explicitamente estipulado nos planos operacionais e orçamentos”, disse o diretor-executivo do UNFPA, Babatunde Osotimehin. “Não podemos mais deixar os jovens para trás.”