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Formação idealizada para ampliar o acesso de jovens historicamente discriminados ao cinema conta com o apoio da Organização das Nações Unidas e abre 250 vagas para jovens de todo o território nacional

 

O ano de 2021 marca os 20 anos da 3ª Conferência Mundial contra Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas, realizada em Durban, na África do Sul. O ano marca também a criação do Cinema do Futuro (CDF), iniciativa de formação de jovens que pretende ampliar o acesso de jovens historicamente discriminados ao cinema, inclusive como produtores de conteúdos.

Jovens negros, indígenas, trans, mulheres e jovens periféricos, entre 13 e 20 anos, podem se inscrever para as 250 vagas da segunda edição do Cinema do Futuro (CDF). A formação terá duração de 45 dias.

O CDF se propõe a articular ideias mais igualitárias e antirracistas em prol de um futuro em que as pessoas negras e/ou em vulnerabilidade social tenham o poder da câmera e possam elas mesmas construir suas narrativas de vida por meio do cinema. A ONU atua como co-realizadora da atividade de formação Cinema do Futuro, idealizada e realizada pela Produtora PrasCabeças. A parceria com a ONU possibilitou ampliar o número de vagas para um total de 250.

A primeira rodada da formação reuniu entre junho e agosto de 2021 grandes artistas do cinema brasileiro em encontros virtuais gratuitos voltado para jovens negros, indígenas, trans, mulheres e jovens periféricos, entre 13 e 20 anos. A formação é liderada pelo ator Fabrício Boliveira (Produtora PrasCabeças) em parceria com a jovem Yasmin Boliveira, de 17 anos.

Os encontros proporcionados pelo CDF trazem noções sobre o que faz cada profissional envolvido na construção de um filme, além dos conhecimentos técnicos e experiências pessoais dos instrutores que participam do projeto. Como resultado final dos encontros, serão apresentados, de forma colaborativa, cinco vídeos sobre Durban, construídos coletivamente ao longo das semanas de formação do CDF.

Sobre o CDF

A iniciativa Cinema do Futuro foi criada pelo ator Fabrício Boliveira, que identificou a dificuldade da irmã Yasmin de ter acesso à produção cinematográfica. “É preciso consolidar a participação de artistas negros na indústria do cinema de forma efetiva e nos mais variados espaços. A representatividade ainda está no campo das ideias, mais no desejo do que no dia a dia e nas consequências sociais na vida dessas pessoas. O Cinema do Futuro quer construir caminhos, a partir das referências que temos, para que esses artistas possam crescer pessoal e profissionalmente”, afirma Fabrício Boliveira.