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O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) ministrou uma oficina sobre violência baseada em gênero no contexto de migração, na última semana, a cerca de 40 pessoas em um dos abrigos da Operação Acolhida, em Boa Vista, Roraima. Foram selecionadas as pessoas responsáveis pela proteção e mobilização comunitária do Abrigo Jardim Floresta, que recebe pessoas migrantes e refugiadas venezuelanas, e moradores do alojamento que exercem funções nos comitês gestores. Os participantes aprenderam sobre como identificar as formas de violência e quais são os mecanismos legais de enfrentamento e resposta.

De acordo com a especialista em Violência de Gênero do UNFPA em Roraima responsável pela oficina, Patrícia Melo, a exposição foi feita de forma a esclarecer também os fluxos a serem seguidos após a identificação de um caso de violência, além de possibilitar a reflexão por meio de trabalhos de grupo. “O objetivo foi promover conhecimento mais aprofundado sobre formas de violência baseada em gênero no contexto de migração, com ênfase no que pode ser feito para acolher, ajudar, proteger as vítimas e assim, principalmente, fortalecer a rede de enfrentamento à violência contra a mulher em Roraima”, explica.

Promover o enfrentamento à violência baseada em gênero é um dos eixos do trabalho do Fundo de População das Nações Unidas no contexto de assistência humanitária. Durante crises emergenciais e fluxos de migração forçada, como o visto em Roraima, O UNFPA observa especial atenção às pessoas mais vulneráveis: mulheres, mulheres grávidas, lactantes, pessoas LGBTI, idosas, indígenas, entre outras com necessidades específicas de proteção.

“A capacitação foi muito importante, porque realmente nos importamos com a autonomia da comunidade e a responsabilização. Nossos comitês que participaram se tornam multiplicadores da mensagem. O sistema social do Brasil pode parecer  complexo para quem está chegando, então o manejo correto da informação é muito importante. Esse tipo de formação ajuda a fazer um trabalho muito melhor e mais próximo da comunidade. Realmente acho que a gente vai ver os resultados”, avaliou a oficial de participação comunitária do Conselho Norueguês para Refugiados que atua dentro do abrigo, Mayara Bello.