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A oficial de programa do UNFPA, Anna Cunha, em seminário sobre vulnerabilidade de jovens, realizado nesta sexta, 10 (Foto: Michelle Cordeiro/Observatório de Saúde de Populações em Vulnerabilidade)
 
Durante três dias Brasília foi sede do II Seminário Internacional Saúde de Populações em Vulnerabilidade: Vulnerabilidades Contemporâneas. O evento contou com a participação de autoridades do governo, pesquisadores, professores, especialistas em direitos humanos, alunos, e outros. Situação de jovens em conflito com a lei, vulnerabilidade na perspectiva de raça/etnia, e direito e vulnerabilidade foram alguns dos temas debatidos durante o Seminário.
 
Anna Cunha, oficial de pograma do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), participou, nesta sexta-feira (10/11), da mesa Vulnerabilidade no Contexto Internacional e abordou o tema Vulnerabilidade e Juventude. “As Nações Unidas tem tratado o tema da juventude como primordial para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS). Acreditamos que as jovens e os jovens devem estar engajados nessa nova agenda para que as metas se cumpram. Para isso, se faz necessário adotar medidas eficazes que contribuam para mudar a realidade dessa parcela da sociedade que em muitos casos se encontra em vulnerabilidade social e à margem de direitos humanos que são essenciais para uma vida digna”, ressaltou Anna Cunha.
 
Dados nacionais apontam que no Brasil, a juventude tem sido alvo de estatísticas preocupantes, principalmente os jovens em situação de maior vulnerabilidade, geralmente moradores de regiões periféricas e em grande parte com perfil homens e negros. No Brasil, cinco jovens, entre 15 e 29 anos, morrem a cada duas horas vítimas de violência. De 2005 a 2015, enquanto a taxa de homicídios por 100 mil habitantes caiu 12% entre os não negros, para os negros houve aumento de 18%.
 
Durante o I Seminário Internacional sobre Populações Vulneráveis, realizado em 2016, foi lançado o Portal do Observatório de Saúde de Populações em vulnerabilidade. A plataforma tem como objetivo o acompanhamento e a disseminação de informações relacionadas às populações em situação de vulnerabilidade, no que diz respeito as condições de vida e de saúde por meio da apresentação de pesquisas e divulgação de dados.
 
“Espaços como esse representam uma oportunidade para reunir dados e indicadores importantes que podem contribuir para a definição de políticas públicas voltadas para às pessoas em vulnerabilidade social. Esperamos que criação do Observatório possibilite cada vez a mais a visibilidade de informações sobre a temática”, disse a oficial do UNFPA.