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Estamos em março de 2024 e a inclusão nos inspira. Queremos que todas as mulheres, em toda a sua diversidade, sejam incluídas em todos os espaços e possam exercer todos os seus direitos.

Essas mulheres nos inspiram com otimismo:

Aquelas que lutam contra a violência


Soraya Araújo, assistente social e consultora do UNFPA. ©UNFPA Brasil

Soraya Araújo, 43 anos, trabalha desde julho de 2023 na "Ycamiabas - Casa de Acolhimento para Mulheres" em Manaus.

Essa instalação abriga até 30 sobreviventes de violência de gênero. Ela foi inaugurada graças ao trabalho conjunto da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) e do UNFPA.

Soraya é assistente social e se dedica a ajudar mulheres e meninas há 15 anos. Com toda a sua experiência, ela sabe a diferença que uma rede de apoio pode fazer para aquelas que estão se recuperando de tais situações. Ela sabe disso porque ela mesma é uma sobrevivente. Isso a fez querer apoiar outras mulheres.

Aquelas que lideram


Maria Jacinta Pereira Hicret, líder indígena paraguaia. ©UNFPA Paraguai

A primeira vez que Maria Jacinta Pereira Hicret (51) participou de uma reunião nacional de lideranças indígenas no Paraguai, ela achou majestosa. Eram todos homens e ela se sentiu "um pouco pequena".

"Mas mais tarde, por meio do trabalho que eu estava fazendo, provei que uma mulher também pode assumir a liderança.”

Desde que alguém se lembra, o povo Sanapaná tem sido liderado por homens. Isso mudou em 2008, quando María Jacinta foi nomeada cacica de uma comunidade indígena urbana em Concepción, a 413 quilômetros de Assunção. Ela é a primeira cacica conhecida no Paraguai.

Aquelas que se reinventam


Carolina Vásquez, especialista em direitos das pessoas com deficiência e direitos das mulheres. ©UNFPA El Salvador

A perda da visão ocorreu quando Carolina estava passando por um conflito conjugal e a levou a deixar o emprego. Essa situação obrigou a salvadorenha de 39 anos a se "reinventar", a realizar seu processo de reabilitação enquanto procurava outras formas de ganhar a vida. Assim, ela começou um curso universitário há quatro anos.

Atualmente, ela dirige uma iniciativa de consultoria e serviços jurídicos, especializada em direitos das mulheres e direitos das pessoas com deficiência, e é diretora da Associação de Mulheres Cegas de El Salvador.

Aquelas que salvam vidas


Bertha Liñán, coordenadora do serviço obstétrico de saúde sexual e reprodutiva do Centro de Saúde Santa Julia. ©UNFPA Peru

Quando choveu tanto no início de 2023 que as ruas do distrito de Veintiséis de Octubre se tornaram rios, em Piura, no noroeste do Peru, ela estava no Centro de Saúde Santa Julia.

Apesar da tempestade que deixou a cidade em pedaços, o serviço obstétrico do Centro nunca fechou suas portas.

Bertha Liñán, 55 anos, coordenadora dessa equipe, vivenciou como essa emergência climática intensificou a incerteza, os riscos relacionados à saúde sexual e reprodutiva, bem como a violência contra a mulher e a gravidez na adolescência. Com o apoio do projeto "Salvando Vidas", promovido pelo UNFPA Peru, ela viu esse serviço ser fortalecido com a participação de parteiras treinadas no papel de brigadistas.

Aquelas que constroem paz


Danna Mina, estudante e comunicadora Legenda Danna Mina, estudante e comunicadora que apóia o treinamento de jovens para que usem sua voz em prol da paz.

Danna Mina ajuda a treinar jovens afro de Juanchaco, uma aldeia no município de Buenaventura, Colômbia.

Aos 27 anos, ela é coordenadora de comunicação da Hüaitototo Foundation. A fundação, em parceria com o UNFPA, trabalha com jovens para que aprendam e se apropriem da agenda  de Juventude, Paz e Segurança. Essa agenda aprimora as contribuições de jovens na construção da paz e na prevenção da violência.

O projeto desenvolveu um grupo de jovens levar o conhecimento para outras comunidades e compartilhar esse conhecimento com suas palavras.

Aquelas que oferecem ajuda humanitária

Em 2023, cerca de 500 mil pessoas transitaram por Darién. Dessas, quase uma em cada três eram mulheres e meninas.

Na Estação de Recepção Temporária de Migração San Vicente, em Metetí, Darién, há um espaço seguro para elas. Em uma local administrada pela HIAS, uma organização judaica sem fins lucrativos, o UNFPA e as autoridades locais atendem às suas necessidades básicas e psicológicas.

Jessica Batista, consultora do projeto CERF do UNFPA Panamá, oferece oficinas, palestras motivacionais e informações úteis às mulheres migrantes. Ela também atende a casos de violência baseada no gênero, especialmente violência sexual. A equipe forneceu proteção a mais de 500 mulheres e meninas. Também forneceu kits de dignidade e kits de gerenciamento de higiene menstrual para 6 mil mulheres.

Aquelas que fazem avançar políticas a favor de direitos


Teresa de Jesús Mojica Morga, presidente da Fundação Afro-Mexicana Petra Morga e representante no México da Rede de Mulheres Afro-Latino-Americanas, Afro-Caribenhas e da Diáspora.

Teresa de Jesús Mojica Morga, 53 anos, foi deputada federal pelo Estado de Guerrero entre 2012 e 2015, apesar de ter nascido em uma comunidade onde as oportunidades eram escassas. Durante esse período, ela se tornou a primeira legisladora do país a se reconhecer como afro-mexicana e promoveu no Congresso da União a "Iniciativa de Lei para alcançar o Reconhecimento Constitucional dos Afro-Mexicanos".

Em 9 de agosto de 2019, foi publicado no Diário Oficial a reforma constitucional que reconhece os povos e comunidades afro-mexicanos como parte integrante da composição pluricultural da nação mexicana.