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A saúde das e dos jovens é um dos temas considerados imprescindíveis para a realização do Plano Nacional de Juventude. Para garantir essa abordagem no documento, o Ministério da Saúde (MS), em conjunto com a Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) e o Fundo de População das Nações Unidas, o UNFPA, realizaram no dia 30 de julho a oficina “Os desafios do SUS no âmbito do Estatuto da Juventude: construindo o Plano Nacional de Juventude”. O intuito do encontro foi discutir a elaboração conjunta do capítulo sobre saúde do futuro plano de juventude.

O Brasil possui hoje a maior população jovem de todos os tempos. Segundo o Censo 2010 do IBGE, são mais de 51 milhões de pessoas com idade entre 15 e 29 anos. Os dados epidemiológicos observados para essa população, as mortes relacionadas às causas externas, com destaque para os homicídios, os diferentes tipos de violência aos quais estão submetidos, a falta de acesso à serviços,  ações e insumos em saúde sexual e reprodutiva, o  uso indevido de álcool e outras drogas, dentre outras, indicam uma oportunidade para a integração das ações do Ministério da Saúde e da Secretaria Nacional de Juventude.

A oficina “Os desafios do SUS no âmbito do Estatuto da Juventude: construindo o Plano Nacional de Juventude” reuniu cerca de 40 técnicos e técnicas de diversas áreas do MS, SNJ e da Secretaria de Ações Estratégicas da Presidência da República (SAE/PR). Os servidores dedicaram-se por todo o dia na construção de uma proposta para o Plano Nacional de Juventude, incluindo ações conjuntas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) para a promoção da saúde juvenil e a garantia dos direitos desta população.

O Estatuto da Juventude, sancionado em agosto de 2013, serviu como subsídio para o encontro. É também este documento que embasará a construção de todo o plano de juventude.

Fernanda Papa, coordenadora geral de Relações Institucionais da Secretaria Nacional de Juventude, comemorou o encontro: “É muito importante para nós cada vez que o Ministério da Saúde se abre à juventude e se propõe debater essa especificidade”.  A Representante Auxiliar do UNFPA, Fernanda Lopes, reafirmou a importância das ações conjuntas e pontuou que a garantia de que as necessidades de jovens e adolescentes sejam contempladas de forma programática constitui-se num desafio e, ao mesmo tempo em uma ação  indispensável.

O presidente da Comissão Nacional de População e Desenvolvimento e subsecretário de Ações Estratégicas da SAE/PR, Ricardo Paes de Barros, alertou sobre a necessidade da atenção e garantia dos direitos dessa população: “Os jovens de hoje formarão a maior força de trabalho do Brasil de todos os tempos. Serão eles os responsáveis pelo desenvolvimento do país”. “É preciso um plano de juventude extra sólido para essa população, que representa uma juventude muito particular em termos históricos”, completou.

Thereza de Lamare, coordenadora geral de Saúde do Adolescente e do Jovem do Ministério da Saúde, concordou: “em breve nos tornaremos uma população idosa, mas ainda temos muito tempo para cuidar dessa imensa população jovem atual”.

O debate entre as instituições será sistematizado e encaminhado para colaborar com o Plano Nacional de Juventude.