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As mulheres se reuniram para fortalecer laços e foi organizada pelo UNFPA em parceria com a AVSI Brasil, o ACNUR e o Museu a CASA

PACARAIMA, Roraima - O buriti, palmeira de origem amazônica, é chamada de “árvore-da-vida” pelos povos indígenas. Para as mulheres Warao, o significado vai além: a prática ancestral de tecer a palha do buriti representa o fortalecimento de laços, o apoio mútuo e o suporte que uma mulher representa para a outra. Para celebrar esse fortalecimento, no âmbito do Dia Internacional da Mulher, o UNFPA, em parceria com a AVSI Brasil, ACNUR e Museu Casa promoveram uma oficina para resgatar e reviver as tradições das suas ancestrais.

Cerca de 25 mulheres participaram da oficina, que também contou com uma dança de celebração e agradecimento.

“O artesanato exerce um papel triplo nesse contexto: como forma de preservar as tradições culturais Warao, como ferramenta de empoderamento econômico e autonomia feminina e fortalecimento da coexistência pacífica entre indígenas, não indígenas, brasileiras e Venezuelanas”, explica Patrícia Ludmila, Coordenadora de Violência Baseada no Gênero do escritório do UNFPA em Roraima.

Ao final da oficina, a participante Hãnnis Morales, produziu um colar e fez uma entrega simbólica para fechar a atividade. “Este colar representa o Dia Internacional da Mulher. Cada cor que eu usei representa uma de nós, mulher indígena, refugiada, migrante e mulheres não indígenas. Isso significa que nós podemos viver em harmonia”, destaca Hãnnis.

Dia Internacional da Mulher 2024: Invista nas mulheres: Acelere o progresso

Neste ano, as Nações Unidas celebraram o tema “Invista nas mulheres: Acelere o progresso” para o Dia Internacional da Mulher a partir da valorização e promoção dos direitos e das vozes das mulheres. De acordo com a declaração da diretora executiva do UNFPA, Dra. Natália Kanem, em 2022, menos de 1% da assistência global no exterior foi destinada para o fim da violência baseada em gênero, o que demonstra que os investimentos ainda não são suficientes para acelerar o progresso relacionado às mulheres.


“Cada cor que eu usei representa uma de nós, mulher indígena, refugiada, migrante e mulheres não indígenas. Isso significa que nós podemos viver em harmonia”, destaca Hãnnis Morales, uma das participantes. Foto: Georgia De Souza Melo/ACNUR