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Mensagem do Diretor Executivo do UNFPA, Dr. Babatunde Osotimehin, para o Dia Internacional da Juventude de 2013

 

Hoje nós temos a maior geração de jovens que o mundo já viu, com mais de 40% da população mundial com menos de 25 anos. Com dinamismo e imaginação, pessoas jovens podem transformar o destino social e econômico dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Com mais de 12% de todas as pessoas com idade entre 15 e 24 anos cruzando fronteiras atualmente, o Dia internacional da Juventude deste ano foca em como os migrantes jovens fazem o desenvolvimento avançar.

O rosto da atual migração  é feminino, e é um rosto jovem. As e os jovens migrantes tipicamente são vistos deixando suas casas em busca de novas oportunidades, maior liberdade em relação a normas e tradições, e a possibilidade de afirmar suas próprias identidades. Por meio da migração, adolescentes e jovens contribuem significativamente tanto para seus países de nascimento como para os países de destino, e seu potencial para a construção da cooperação social, econômica e cultural e do entendimento entre as sociedades é imenso.

Entretanto, a jornada pode ser repleta de riscos, dificuldades e decepções, e jovens migrantes podem se encontrar em situações de vulnerabilidade. Em um ambiente desconhecido, sem apoio social, alguns acabam abandonando os estudos ou não têm acesso aos serviços sociais e de saúde em razão do alto custo ou barreiras culturais e linguísticas. Outros podem temer a busca de informações e serviços de atenção à saúde por causa do medo da deportação. As mulheres jovens e garotas demandam uma atenção particular, pois estão expostas à violência baseada em gênero, são vítimas de tráfico ou são forçadas ao casamento precoce, gravidezes indesejadas e outras formas de exploração.

A fim de atingir seu pleno potencial e contribuir parao desenvolvimento social e econômico, jovens migrantes precisam de acesso à educação, trabalho decente e serviços de saúde, incluindo serviços de saúde reprodutiva. O UNFPA trabalha com seus parceiros para assegurar que jovens tenham o mais alto nível possível de saúde, permitindo-lhes exercer seu direito de fazer escolhas livres e responsáveis em temas relacionadas à sua saúde sexual e reprodutiva. Isso inclui assegurar seu acesso aos serviços e informações sobre saúde reprodutiva, bem como ao planejamento familiar e à educação em sexualidade apropriada a cada faixa etária, para que possam fazer escolhas informadas e exercitar seus direitos reprodutivos, livres de coerção, discriminação e violência.

O UNFPA, como co-responsável pela Rede Interagencial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento da Juventude (United Nations Inter Agency Network on Youth Development), trabalha com todos os parceiros para encontrar caminhos inovadores para apoiar os países em garantir a saúde, o desenvolvimento e os direitos humanos das pessoas jovens, incluindo os jovens migrantes. A Rede desenvolveu um plano de ação ousado para trabalhar com e para as e os jovens e tem defendido maiores investimentos em juventude. Essa é uma obrigação moral e social, uma necessidade política e econômica. Nós estamos comprometidos com a criação de um mundo no qual o potencial de cada pessoa jovem seja alcançado – onde seus direitos humanos sejam respeitados e a sua diversidade seja celebrada.

Apesar dos números, jovens migrantes são invisíveis em debates e políticas de migração internacional. Para maximizar os potenciais benefícios de desenvolvimento da migração, é essencial incluir as e os jovens no discurso sobre migração e desenvolvimento.

Com nossos esforços e recursos coletivos, incluindo esforços e recursos das próprias pessoas jovens e migrantes, podemos criar vidas justas e saudáveis para todas e todos osjovens de hoje e das gerações que estão por vir.