Parceria entre a Abrasel-DF e o UNFPA no Brasil inicia a divulgação de protocolo
BRASÍLIA, Distrito Federal - “Respeita o meu NÃO!” é o nome do protocolo lançado no dia 10 de maio, com o objetivo de enfrentar a violência baseada em gênero e o assédio sexual em bares e restaurantes do Distrito Federal.
Trata-se de uma iniciativa piloto entre o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) no Brasil e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Distrito Federal (Abrasel-DF). A ideia é inovar ao unir diferentes setores no âmbito de um esforço colaborativo, e alinhado com a Lei nº 14.786, de dezembro de 2023, na promoção de atividades que evitem o assédio e a violência contra a mulher e que salvaguardem as vítimas nesses ambientes.
Segundo o Fórum de Segurança Pública, em 2023, cerca de 27,6 milhões de mulheres sofreram alguma forma de violência provocada por parceiro íntimo ao longo da vida no Brasil.
Para a Representante do UNFPA no Brasil, Florbela Fernandes, “queremos assegurar que todas as pessoas que trabalhem em contextos de bares e restaurantes possam saber como efetivamente dizer não. Não à violência, não ao abuso, como denunciar e qual é o fluxo” disse. “Queremos que as pessoas tenham conhecimento sobre os serviços que existem, sabemos que por meio dos funcionários e colaboradores podemos chegar a muito mais pessoas”, completou ela.
A Secretária Geral Adjunta da ONU e diretora-executiva do UNFPA, Natalia Kanem, em missão ao Brasil, também esteve presente à celebração do protocolo, juntamente com Susana Sottoli, diretora Regional do UNFPA para América Latina e Caribe.
“Estamos determinados a criar uma rede que não apenas reaja a casos de violência, mas que atue de forma preventiva promovendo a conscientização e a educação dos nossos colaboradores”, disse o presidente da Abrasel-DF, Beto Pinheiro. No Distrito Federal, a Abrasel-DF conta com 580 associados.
Ações voltadas para a prevenção e o enfrentamento à violência baseada em gênero e práticas nocivas a mulheres e meninas fazem parte da principal missão do UNFPA. Investir na conscientização sobre a violência de gênero em bares e restaurantes pode salvar vidas.