Salvador - Cerca de 30 jovens vivendo e convivendo com HIV/Aids, além de profissionais de saúde, se reuniram essa semana com o objetivo de fazer uma reflexão sobre participação social e incidência política em DST/Aids e Hepatites Virais. O I Encontro de Incidência Política da Rede Jovem da Bahia, organizado pela Rede Jovem da Bahia com apoio do UNFPA, foi marcado por muita interação e troca de experiências.
O objetivo do encontro foi capacitar e treinar jovens vivendo e convivendo com HIV/Aids para a prática do exercício da participação social e incidência política plena em DST/Aids e Hepatites Virais, nos respectivos espaços pertinentes de controle social.
Durante a abertura, Rafael Myranda, Coordenador da Rede Estadual da Bahia e organizador do encontro, comemorou o acontecimento. Este é o primeiro encontro em Salvador de jovens, vivendo e convivendo, sobre incidência política. Conseguimos reunir profissionais e jovens da capital e do interior do estado. Essa possibilidade de trocas e de formação é uma vitória”, afirmou.
Cleiton Euzébio, Assessor para HIV/Aids do UNFPA, ressaltou a importância do encontro para fortalecer a participação de jovens nos espaços de construção de políticas públicas não somente na área de aids, mas também de políticas de juventude e saúde em uma perspectiva integral.
O primeiro momento do encontro permitiu que as e os participantes compartilhassem suas histórias de vida diante do HIV. Os fortes depoimentos de jovens e adultos, homens e mulheres, casados/as, solteiro/as, pais e mães, abriram caminho para que os debates fossem acolhedores e transparentes. A conversa inicial foi essencial para a percepção de que as vivências se complementam para o movimento e a participação social.
Debate e ação
Controle social, políticas públicas, direitos sexuais e reprodutivos e espaços de participação política foram os temas que nortearam as rodas de conversa. Os momentos permitiram a troca de experiência e percepções entre pessoas vivendo com HIV/Aids e profissionais de saúde reponsáveis pelo atendimento, acolhimento e cuidado. O controle social e a participação política foram apontado como fatores que podem assegurar a realização de políticas públicas.
O UNFPA, por meio do Assessor para Hiv/Aids da instituição, facilitou a roda de conversa sobre Direitos Sexuais e Reprodutivos. O debate contou também com a facilitação de Manuela Estolando, coordenadora da Rede de Jovens Vivendo Nacional. A dupla apresentou às e aos participantes os conceitos sobre direitos sexuais e direitos reprodutivos. Cleiton Euzébio destacou que ¨os direitos sexuais e os direitos reprodutivos são direitos de todos os seres humanos, e que, portanto, as pessoas vivendo com HIV, incluindo jovens, devem ter acesso a informações e serviços que possibilitem o exercício desses direitos¨. Ao longo da roda de conversa, os participantes discutiram sobre os impactos das violações de direitos na epidemia do HIV.
* Por Gabriela Borelli/ UNFPA Brasil