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Gestão baseada em resultados é tema de oficina realizada com parceiros do UNFPA em Brasília

Gestão baseada em resultados é tema de oficina realizada com parceiros do UNFPA em Brasília

Gestão baseada em resultados é tema de oficina realizada com parceiros do UNFPA em Brasília

calendar_today 25 November 2015

Brasília – A gestão de projetos com foco em resultados assegura intervenções mais efetivas, eficazes e com maior impacto a longo prazo. Mas, para que isso ocorra, é preciso mudar a forma de planejar e monitorar as ações, com a adoção de posturas mais flexíveis que permitam ajustar o trabalho às mudanças que ocorrem constantemente na realidade. Para compartilhar esses novos conceitos e critérios para a elaboração e monitoramento de projetos, o UNFPA, Fundo de População das Nações Unidas organizou na terça-feira (23) a Oficina de Planejamento e Monitoramento em Gestão Baseada em Resultados. Realizada em Brasília (DF), a oficina foi facilitada pelo assessor regional de Monitoramento e Avaliação do UNFPA LACRO, Sergio Lenci.

O encontro reuniu 20 parceiras/os do UNFPA de todo o Brasil, que vieram compartilhar experiências e aprender sobre Gestão Baseada em Resultados (GBR). Além da harmonização de conceitos, as e os participantes tiveram a oportunidade de realizar atividades práticas, incluindo a construção de uma matriz de resultados, novos indicadores e uma proposta de relatório de monitoramento e avaliação.

Representante Auxiliar, Fernanda Lopes, durante atividade 
 

A Representante Auxiliar do UNFPA, Fernanda Lopes, abriu o encontro explicando o mandato do Fundo e apresentando os objetivos pretendidos – esclarecer o marco conceitual da GBR, discutir uma metodologia para definir resultados e indicadores e estabelecer um acordo sobre novos formatos de relatórios de monitoramento de projetos. Ela destacou a importância de uma gestão baseada em resultados para o alcance das metas de incidência política e advocacy, que são estratégias centrais para o êxito do trabalho do UNFPA e de seus parceiros.

Sergio Lenci, do escritório regional do UNFPA, disse que a gestão por resultados significa uma “quebra de paradigma”, onde o executante não se limita a implementar o projeto conforme planejado, de forma linear, mas parte de uma hipótese de trabalho que precisa ser constantemente analisada e revista, para verificar se continua válida e capaz de responder de forma adequada à realidade em transformação. É um processo de aprendizado permanente. “Pessoas são matéria viva, não são previsíveis, precisam de um tempo de maturação e nem sempre seguem os ritmos dos processos administrativos. Esse é o grande desafio dos projetos”.

Integrantes de instituições parceiras do UNFPA em oficina 

Anna Cunha, Oficial de Programas do UNFPA, falou sobre o papel dos relatórios nessa nova abordagem. “A gestão por resultados diz que vale mais chegar ao resultado do que cumprir com o planejado. O importante é que os relatórios contem toda essa estória, para que possamos conhecer o que aconteceu”, afirmou. A Oficial de Projetos em Gênero e Raça do UNFPA, Ana Cláudia Pereira, lembrou que a GBR não significa abrir mão de procedimentos e regulamentos. “As regras existem porque fazemos a gestão de recursos públicos”, referindo-se aos fundos utilizados pelo UNFPA, provenientes de contribuições dos países, e também aos recursos de parceiros.

Para que projetos tenham êxito, Sergio Lenci listou como fatores determinantes uma maior flexibilidade administrativa, mais realismo nos processos de planejamento e melhor capacidade de análise, principalmente nos relatórios, que devem ser mais analíticos. Ele também destacou a importância de uma relação de confiança entre os parceiros, melhor comunicação interna e novas atitudes.

Os participantes destacaram a importância do encontro, que responde ao desafio de monitorar e mostrar efetivamente os avanços alcançados por meio dos projetos de parceria. “É difícil mostrar resultados. Parece que não conseguimos passar para a sociedade o que conseguimos fazer”, disse Márcio Bortolini, da Itaipu Binacional. Para Maria Tereza Citeli, da Católicas pelo Direito de Decidir, faltam instrumentos de coleta e sistematização de dados. “Percebemos que não dá para monitorar e avaliar sem participar da elaboração dos projetos”. Ela elogiou a oportunidade de aprendizado oferecida pelo encontro.

Participaram da oficina representantes do Movimento Nacional de Cidadãs Posithivas (MNCP), Itaipú Binacional, Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras (Renafro), Cipó Comunicação Interativa, Coletivo Mangueiras, Católicas pelo Direito de Decidir, Gestos e Associação Frida Kahlo.

Texto e fotos de Ulisses Lacava