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O selo UNFPA estabelece diretrizes na direção dos três resultados transformadores

Salvador, BAHIA – O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), apoiado pela Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Racial e Povos e Comunidades Tradicionais (SEPROMI) do Governo do Estado da Bahia, lançou das bases do selo UNFPA nesta quarta-feira, dia 06 de dezembro.

O evento apresentou as bases do selo, que tem como objetivo monitorar a performance de indicadores dos municípios no âmbito dos três resultados transformadores do UNFPA: zero necessidade insatisfeita de planejamento reprodutivo, zero mortalidade materna evitável e zero situações de violência baseada em gênero e práticas nocivas contra mulheres e meninas. Enquanto mulheres brancas representam 43,4% das mulheres no Brasil, a porcentagem de morte de mulheres neste grupo é de 30%, enquanto entre mulheres pretas e pardas, que representam 55.6% das mulheres, é de 65,5%, deixando claro o nível de desigualdade racial. Até 2030, a meta é reduzir para 30 mortes por 100 mil nascidos vivos.


 “A garantia da educação como um direito reafirma os nossos vínculos com os objetivos de desenvolvimento sustentável e defesa da vida de meninas e mulheres”, destaca a Secretária de Educação da Bahia, Adélia Pinheiro. Foto: UNFPA Brasil/Nilson Tellys

“Estamos numa jornada crucial para transformar as vidas das mulheres e meninas e essa transformação envolve poder assegurar que cada jovem e cada adolescente que tenha iniciado sua vida sexual possa ter acesso a insumos para fazer escolhas de forma qualificada e responsável”, mencionou a representante do UNFPA no Brasil e Diretora de País para Uruguai e Paraguai, Florbela Fernandes.

O evento apresentou e debateu os fundamentos do Selo UNFPA e definiu as fases seguintes em parceria com os municípios convidados a partir de oportunidades de cooperação técnica. Em 2024 os instrumentos de avaliação do selo serão desenhados por um grupo técnico de trabalho composto pelo UNFPA, Governo estadual, municípios e representantes da sociedade civil no âmbito de juventudes e de mulheres negras.


“Nós sabemos o papel dos municípios. Sem o engajamento e envolvimento dos municípios, essa política não chega na ponta, nas escolas, nas unidades de saúde, e nas secretarias de igualdade racial”, reforça a Secretária de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais da Bahia, Ângela Guimarães. Foto: UNFPA Brasil/Nilson Tellys

Os critérios avaliados integram âmbitos das políticas públicas locais e envolvem parcerias de governo, setor privado e sociedade civil. O objetivo é que a transformação aconteça no nível local e o município mantenha o compromisso para a melhoria da qualidade de vida, a promoção da igualdade de gênero, fortalecimento institucional para um sistema de garantia de direitos, a partir do aprimoramento de capacidades municipais.

“O governo do estado tem um firme compromisso com os três resultados transformadores. Infelizmente a violência contra meninas e mulheres se constitui como um dado histórico que vem atravessando a realidade da mesma forma que as gravidezes não intencionais, sobretudo de meninas negras e pobres”, finalizou Secretária de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais da Bahia, Ângela Guimarães.