Fábio Mesquita, do Ministério da Saúde, conversou com o UNFPA, PNUD e Unaids sobre as ações desenvolvidas no enfrentamento a epidemia do HIV na Bahia
O Diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, visitou na terça-feira (20) as instalações do Escritório Compartilhado das Nações Unidas na Bahia. O gestor estava em Salvador participando do IX Congresso da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis e V Congresso Brasileiro de AIDS. Mesquita aproveitou a oportunidade para conhecer o espaço e ampliar o seu conhecimento sobre as ações desenvolvidas pelo Sistema ONU no estado. Estiveram presentes na reunião membros da equipe do UNFPA, Fundo de População das Nações Unidas, do PNUD, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e UNAIDS, Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids.
Mesquita, que foi coordenador do Programa de DST/AIDS do escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Vietnã, ressaltou a importância do trabalho com apoio das Nações Unidas. “A ONU, para nós, é fundamental. Particularmente para mim é muito importante que possamos trabalhar juntos”.
Cleiton Euzébio, Assessor para HIV/Aids do UNFPA, destacou que o Fundo tem trabalhado em Salvador com mais intensidade na prevenção de DST e Aids entre mulheres e jovens sendo que, com a juventude, as ações seguem as metodologias do projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE), que integra o Programa Saúde na Escola (PSE). Euzébio destacou o projeto “Promovendo Direitos de Jovens: Cultura e Saúde Sexual e Reprodutiva em Salvador”, iniciado em 2009 na comunidade de Sussuarana, e que nos anos seguintes – 2011 e 2012 - teve seu escopo ampliado a partir da parceria estabelecida com a Secretaria Municipal de Educação (SMED), antiga SECULT, e envolveu jovens em cumprimento de medidas socioeducativas em meios fechado e aberto.
Já a Oficial de Programa do UNFPA, Ruth Pucheta, que trabalha no escritório do Fundo na capital baiana, fez um breve resumo sobre as atividades desenvolvidas em cooperação pela agência com o Governo do Estado da Bahia e Prefeitura Municipal de Salvador. “Desde 2007 o UNFPA atua em parceria com o Município, trabalhamos com um Grupo de Trabalho Intersetorial que envolve quatro áreas da saúde: mulher, população negra, adolescentes e jovens e DST/AIDS”.
Pucheta disse ainda que, em 2013, serão realizadas oficinas com jovens do Subúrbio Ferroviário, que é um dos territórios que abrange o “Laços Sociaids”. “É uma ação com foco na educação entre pares, com o mesmo olhar do SPE, com jovens líderes ligados a organizações e redes. Estamos finalizando uma análise de contexto e realizamos grupos focais. A construção desta linha de base vai nos apoiar no acompanhamento do projeto e ainda na avaliação sobre o impacto de curto prazo na vida dos jovens. Estamos investindo para que elas e eles possam influenciar de forma positiva a realidade de suas comunidades”.
Para Adele Benzaken, oficial de programa da Unaids, algumas das coisas interessantes realizadas desde o lançamento da iniciativa “Laços Sociaids” na Bahia, em 2008, são as capacitações dentro da estratégia de saúde da família, que se alinham às prioridades anunciadas pelo diretor do Departamento relacionadas à expansão do acesso ao diagnóstico e melhoria da assistência. “A capilaridade da estratégia da saúde da família precisa ser reforçada ao ponto de integrar o enfrentamento à epidemia do HIV no Brasil”.
Fotos: Midiã Santana/UNFPA Brasil