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Encontro na USP ressalta importância do investimento no ensino da obstetrícia no Brasil

Encontro na USP ressalta importância do investimento no ensino da obstetrícia no Brasil

Encontro na USP ressalta importância do investimento no ensino da obstetrícia no Brasil

calendar_today 12 November 2015

São Paulo - Teve início na manhã desta quinta-feira (12) o VII Encontro de Obstetrícia, que comemora os 10 anos do curso na Universidade de São Paulo (USP). O evento, realizado Escola de Artes, Ciências e Humanidades, conta com palestras e debates sobre os desafios do parto humanizado no país. No período da manhã as discussões foram centradas nos desafios do ensino e da prática da obstetrícia no país.

Na mesa de aberta do encontro, Nádia Zanon Narchi, coordenadora do curso de Obstetrícia da USP Leste, definiu o momento como a chance de comemorar os 10 anos da retomada do ensino no país, mas também como um momento para discutir as transformações e o futuro da profissão. Na sequência, Estela Pedreira, da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo afirmou que “o parto mudou muito desde de 1972, quando o curso foi interrompido. Passou por um domínio médico e patológico e os cuidados com a mulher foram esquecidos. É preciso recuperá-los”.

Alexandre Padilha, secretário municipal de Saúde, que também esteve na abertura do evento, anunciou o primeiro concurso público para obstetrizes na cidade de São Paulo, além de um convênio com a Casa ngela, casa de parto na zonal sul, ampliando esse modelo de atendimento na capital.

Anna Cunha, do UNFPA, Fundo de População das Nações Unidas, destacou a mudança de paradigma das discussões sobre população, que a partir da Conferência do Cairo – Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD), realizada em 1994, passaram a considerar de forma significativa os temas relacionados a saúde sexual e reprodutiva. “Antes se privilegiava o controle populacional, muitas vezes com políticas coercitivas. A partir do Cairo a reprodução foi vista como direito, reconheceu-se como decisão íntima ter ou não ter filhos, ou quantos filhos ter”.

Anna Cunha falou também sobre a importância dos profissionais em obstetrícia que são fundamentais para a redução das mortes maternas e para que a gestação, o parto e o pós-parto sejam experiências de dignidade e vida, não de violação e violência. "As Nações Unidas sabe que investir nos profissionais de saúde é um aspecto fundamentl para defesa dos direitos humanos e concretização de uma sociedade mais igualitária e com menos inequidades".

A segunda mesa, “Obstetrizes no SUS -­ perspectivas das três esferas de governo”, teve a participação de representantes do governo federal, estadual e municipal. O assunto principal foi o desenvolvimento da Rede Cegonha, programa tripartite de apoio ao parto humanizado. Os três palestrantes ressaltaram a urgência de uma maior inserção dos obstetrizes no sistema público de saúde, com a adequação da infraestrutura dos hospitais.

Maria Teresa Massari, do Ministério da Saúde, disse que realizam-se estudos para conhecer a verdadeira demanda desses profissionais no país, e assim elaborar políticas públicas mais eficientes. Ela considerou uma vitória do movimento ver mulheres de classe média e com planos de saúde procurarem o atendimento do SUS para garantir o parto humanizado.

A última mesa da manhã foi marcada pelo reencontro de ex-estudantes da EACH, que apresentaram suas experiências profissionais. A temática foram os diferentes contextos de atuação das enfermeiras obstetrizes, apontando as vantagens e desvantagens do parto domiciliar, em casas de parto e no SUS.

O evento conta com transmissão Ao Vivo: http://iptv.usp.br/portal/transmission.action?idItem=30552

Mais informações em: UNFPA apoia VII Encontro de Obstetrícia e lança resumo executivo do Relatório Global “O Estado da Obstetrícia no Mundo (SoWMy 2014)”

 

 

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