Hoje, as meninas desfrutam de melhores perspectivas de vida do que as gerações anteriores de diversas formas. A prosperidade e a nutrição estão melhorando, os índices de casamento infantil e de gravidez na adolescência estão em declínio, e o nível de escolaridade e da participação no mercado de trabalho das mulheres está crescente.
No entanto, esses avanços estão longe de serem universais e são cada vez mais tênues em muitas partes do mundo. Os mais pobres - particularmente as meninas - muitas vezes são deixadas para trás, têm seus direitos prejudicados.
Elas recebem menos educação, têm menos oportunidades e são mais propensas a assumir empregos que pagam menos e envolvem mais riscos do que meninas em posição economicamente melhor. Além das forças sociais contra elas, as meninas continuam a enfrentar altos níveis de violência de gênero, gravidezes indesejadas e partos inseguros. Uma em cada quatro garotas estará casada antes de completar 18 anos, e uma em cada cinco adolescentes de 15 a 19 anos já terá dado à luz.
E por causa das desigualdades de gênero arraigadas, desastres e conflitos podem piorar ainda mais a situação das meninas. Elas e suas famílias, lutando para sobreviver, ficam com poucas escolhas, deixando-as ainda mais vulneráveis ao casamento infantil e a violências sexuais e de gênero, incluindo tráfico, estupro e escravidão sexual. Elas enfrentam a cruel realidade da maior exposição a riscos para a saúde sexual e reprodutiva e têm o acesso limitado a cuidados de saúde essenciais.
Apesar desses desafios, muitas meninas conseguem desempenhar um papel importante em suas casas e comunidades, mesmo em situações de crises. Elas são muitas vezes as primeiras interventoras que cuidam de suas famílias e estabelecem redes que produzem a resiliência e o capital social necessários para que as comunidades precisam para sobreviver. Proteger e promover os direitos, saúde e bem-estar delas é, portanto, um elemento essencial para uma efetiva resposta e recuperação de situações de crise.
O Fundo de População das Nações Unidas - UNFPA-, trabalha para garantir que as meninas sejam saudáveis, empoderadas e, consequentemente mais resilientes diante das crises e na reconstrução de suas sociedades. O UNFPA apoia o desenvolvimento de programas mais inclusivos na saúde, educação e empoderamento que levem em conta idade e gênero, sendo muitas vezes liderados por meninas, e que deem mais espaço às suas vozes dentro da comunidade.
Da criação de espaços seguros, até o fornecimento de informações e serviços de saúde sexual e reprodutiva, para facilitar a liderança e a participação da juventude, nós e nossos parceiros estamos inovando para alcançar, engajar e empoderar as jovens e garantir que respondamos não só pelas suas necessidades, mas pelas suas aspirações.
Como parte dos objetivos de transformação do UNFPA, continuaremos trabalhando com nossos parceiros para acabar com a violência contra as meninas, incluindo o casamento infantil e a mutilação genital feminina. Trabalharemos para garantir que todas as meninas, em todos os lugares, desfrutem de todo o espectro de seus direitos e tenham as oportunidades que precisam para atingir todo o seu potencial.
Hoje e todos os dias, vamos apoiar o poder das meninas antes, durante e depois das crises para construir futuros melhores para elas e para suas comunidades.