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Em evento para reforçar presença de meninas na ciência, oficial do UNFPA fala sobre sua carreira

Em evento para reforçar presença de meninas na ciência, oficial do UNFPA fala sobre sua carreira

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Em evento para reforçar presença de meninas na ciência, oficial do UNFPA fala sobre sua carreira

calendar_today 11 February 2020

Rachel Quintiliano falou a auditório lotado de estudantes (UNFPA Brasil/Fabiane Guimarães)

O dia de oficinas foi organizado pela Fiocruz Brasília e a responsável pela área de Gênero, Raça, Etnia e Comunicação do Fundo de População da ONU no Brasil, Rachel Quintiliano, partilhou detalhes de sua história para inspirar garotas

 

A uma plateia de quase 200 meninas entre 12 e 17 anos, a oficial do Fundo de População das Nações Unidas no Brasil (UNFPA) Rachel Quintiliano relembrou sua trajetória profissional, partilhou detalhes de sua história e reforçou a importância dos sonhos para mudar realidades. O evento que marcou o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) , foi realizado em Brasília e em vários estados do país. Rachel Quintiliano, responsável pela área de Gênero, Raça, Etnia e Comunicação, foi convidada para inspirar as garotas e falar um pouco sobre o cotidiano de uma profissional das Nações Unidas.

 

Natural de São Paulo, a oficial -- que é formada em jornalismo -- inicialmente pediu às meninas que anotassem algumas palavras, como resiliência, sororidade, justiça e coragem. Em seguida, diante dos olhares entusiasmados, relembrou a história de sua avó, uma nordestina que deixou sua cidade natal por não querer se casar, o que foi, ela considera, o ponto de virada na vida de todas as mulheres de sua família. 

 

Negra, filha de uma costureira, Rachel reforçou em seu discurso a importância e o legado dessas mulheres fortes que a inspiraram. Ainda criança, o interesse pela leitura foi se acentuando -- o gosto por matemática, brincou, “nem tanto”. Já jornalista, a profissional teve a oportunidade de trabalhar em diversos locais, dos movimentos sociais às esferas de governo, sempre com um olhar voltado para os direitos humanos e enfrentamento ao à luta contra o racismo. Depois de 10 anos de consultorias para as Nações Unidas, a oficial está no Fundo de População da ONU há um ano e meio.

 

“A minha história não é uma história de sucesso. Essa é uma história de resiliência, de sororidade, de coragem e justiça”, concluiu, sob aplausos. “A dica que eu dou é essa: se vocês querem ser astronautas, comecem a sonhar com as estrelas”.

 

O evento

 

O Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência é comemorado em 11 de fevereiro e, para inspirar garotas de escolas públicas a conhecerem mais sobre o fazer científico e se aproximarem da temática, a Fiocruz promoveu eventos em todas as cidades onde está presente. No Rio de Janeiro, a solenidade de abertura contou com a presença da representante do Fundo de População da ONU, Astrid Bant. 

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